Moro, após virar réu: 'Ação popular de membros do PT contra mim é risível'
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil) chamou de "risível" uma ação popular protocolada por deputados federais do PT que o acusa de causar prejuízos financeiros à Petrobras por conta da Operação Lava Jato. A Justiça do Distrito Federal acatou a ação do partido e tornou o ex-juiz réu.
"A ação popular proposta por membros do PT contra mim é risível. Assim que citado, me defenderei. A decisão do juiz de citar-me não envolve qualquer juízo de valor sobre a ação", disse Moro por meio de nota.
"Todo mundo sabe que o que prejudica a economia é a corrupção e não o combate a ela. A inversão de valores é completa: Em 2022, o PT quer, como disse Geraldo Alckmin, não só voltar a cena do crime, mas também culpar aqueles que se opuseram aos esquemas de corrupção da era petista", completou o ex-juiz.
Na ação protocolada pelos parlamentares petistas, apresentada no último dia 27 de abril à 2ª Vara Federal Cível de Brasília, eles pediram que Moro fosse condenado a ressarcir os cofres públicos por alegados danos causados à Petrobras. Os deputados, no entanto, não estipularam o valor da indenização a ser pago em caso de condenação.
A ação do PT foi acatada pelo juiz federal Charles Renaud Frazão de Morais. "Cite-se o réu", escreveu o magistrado em seu despacho. Isso significa que ele deu prosseguimento à ação. Agora, o MPF (Ministério Público Federal) será intimado para ter "ciência da demanda".
A peça contra Moro é assinada pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, que coordena o grupo Prerrogativas. A iniciativa da ação foi tomada pelos deputados petistas Rui Falcão (SP), Erika Kokay (DF), Natália Bonavides (RN), José Guimarães (CE) e Paulo Pimenta (RS).
No texto, os parlamentares afirmam que "o ex-juiz Sergio Moro manipulou a maior empresa brasileira, a Petrobras, como mero instrumento útil ao acobertamento dos seus interesses pessoais". "O distúrbio na Petrobras afetou toda a cadeia produtiva e mercantil brasileira, principalmente o setor de óleo e gás", diz a ação.
Antigo juiz da Lava Jato em Curitiba, Moro deixou a magistratura no final de 2018 para ingressar no governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) como ministro da Justiça e Segurança Pública.
Após alegações de que o chefe do Executivo teria interferido na PF (Polícia Federal), ele deixou o cargo e chegou a ser pré-candidato ao Palácio do Planalto nas eleições deste ano. Atualmente, o ex-juiz é cotado para disputar vaga no Senado por São Paulo.
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