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Senador aciona Funai e polícias por informações de jornalista desaparecido

Senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado - Pedro França/Agência Senado
Senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado Imagem: Pedro França/Agência Senado

Do UOL, em São Paulo

06/06/2022 18h31

O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, acionou as autoridades do Amazonas com pedidos de informações e esclarecimentos sobre a investigação do desaparecimento do jornalista inglês e colaborador do jornal The Guardian, Dom Phillips, e do indigenista Bruno Araújo Pereira.

Os ofícios foram encaminhados à Funai (Fundação Nacional do Índio), e também às polícias Federal e Civil do Estado. Os dois sumiram ontem no Vale do Javari, na Amazônia.

Pereira já teria sofrido ameaças de invasores e garimpeiros que atuam em terras indígenas. O indigenista é um conhecedor da região e a falta de contato após um dos deslocamentos é vista com preocupação.

A confirmação do desaparecimento foi feita em um comunicado emitido pela Univaja (União das Organizações Indígenas do Vale do Javari) e pelo Opi (Observatório dos Direitos Humanos dos Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato). O jornalista e o indigenista iriam visitar a equipe de Vigilância Indígena, localizada nas proximidades da base da Funai no Rio Ituí.

Caso Lucas Neiva

O parlamentar também pediu providências ao PGR (Procurador-geral da República), Augusto Aras, e ao diretor-geral da PF, Márcio Nunes de Oliveira, sobre o caso do jornalista Lucas Neiva, do Congresso em Foco. O repórter foi ameaçado de morte após produzir uma matéria sobre fake news.

"A CDH do Senado está organizando, ainda para este mês, uma audiência pública para discutir as ameaças e a violência de que os jornalistas têm sido vítimas no Brasil nos últimos anos", afirmou Costa.

Além do jornalista, há ainda menções de ameaças contra a editora do Congresso em Foco Insider, Vanessa Lippelt, que também escreve reportagens investigativas. Dados pessoais e o endereço de Lucas Neiva foram compartilhados na internet. O repórter registrou um boletim de ocorrência na 9ª Delegacia de Polícia de Brasília.