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'Não vão nos calar', diz Francischini após 2ª Turma do STF manter cassação

Pedro Paulo Furlan

Do UOL, em São Paulo

07/06/2022 19h05Atualizada em 07/06/2022 21h42

Após o julgamento da 2ª Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) hoje, o ex-deputado estadual pelo Paraná Fernando Francischini (União-PR) foi às redes sociais posicionar-se contrário à decisão que mantém sua cassação. Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-parlamentar está sendo julgado por ter divulgado fake news durante as eleições de 2018.

Em seu perfil na rede social Twitter, o ex-deputado destacou os ministros que votaram contra a anulação de sua cassação, Edson Fachin, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes. Além disso, afirmou que o seu caso "tornou-se uma causa muito maior", chamando-o de ataque à liberdade de expressão.

"Não vão nos calar! Por 3x2 no STF, a liberdade de expressão nas redes sociais sofreu novo ataque. Com votos contrários de Fachin, Lewandowski e Gilmar. A causa agora é muito maior!", escreveu.

A decisão de sua cassação, emitida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) em outubro do ano passado, havia sido revertida pelo ministro Nunes Marques do STF, na última semana. Esse julgamento do Supremo derruba a decisão de Marques.

Em vídeo acompanhando sua publicação, o deputado Francischini mantém-se firme em sua causa, lembrando do julgamento do recurso extraordinário - e adicionando que "nossa batalha pelo mandato de 427 mil paranaenses não acabou".

"Nosso recurso extraordinário ainda não foi julgado no STF, nossa batalha pelo mandato de 427 mil paranaenses não acabou, tornou-se uma causa muito maior - a luta pela liberdade de expressão de todo cidadão nas redes sociais. Não vão nos calar", disse.

Bolsonaro defendeu o deputado em entrevista

Conversando com o SBT hoje, Jair Bolsonaro defendeu a causa de Francischini, afirmando que compartilha da opinião do político sobre as urnas. Em 2018, o deputado havia afirmado que apoiadores de Bolsonaro não conseguiam apertar 17, o número do presidente nas eleições daquele ano, nas urnas eletrônicas - acusando a votação de ser fraudada.

"E digo mais: a opinião dele é exatamente igual à minha. Igual à minha. Tá? Porque vários vídeos chegavam para mim, chegou para ele também, de pessoas que iam votar e, quando apertavam o número 1, já dava por encerrada a votação e aparecia a foto do candidato 13, o Haddad, ali do lado", disse o presidente em apoio a Francischini.