Deputado do PSOL reclama que representação do partido contra Lira 'sumiu'

O deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP) reclamou hoje no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados sobre o andamento de uma representação do partido contra o presidente da Casa, Arhtur Lira (PP-AL). Segundo ele, a queixa do PSOL "sumiu".

As representações contra parlamentares são entregues inicialmente à mesa diretora e devem ser encaminhadas ao Conselho de Ética. Neste caso, porém, a mesa diretora, composta inclusive pelo próprio Arthur Lira, não encaminhou a representação para o Conselho, segundo Valente.

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"Não está nem no sistema a representação feita pelo PSOL. Ela já devia ter chegado ao Conselho de Ética", argumentou Ivan Valente sobre o que foi protocolado no dia 3 de junho.

A reclamação do PSOL se refere a uma discussão acalorada entre o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) e Arthur Lira. No dia 31 de maio, a Câmara votava um projeto que tratava de mudanças na política de preços da Petrobras quando aconteceu o bate-boca.

Na ocasião, Lira ameaçou chamar a polícia legislativa para retirar Braga do plenário. O PSOL alega que a ameaça do presidente da Casa foi um "abuso de prerrogativas".

No mesmo dia 3 de junho, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, entrou com uma representação contra o deputado Glauber Braga por conta da mesma situação. Essa representação já foi encaminhada para o Conselho de Ética.

Na sessão de hoje, estava previsto o sorteio de quem seria o relator do caso de Braga, por isso Ivan Valente se manifestou, pedindo para que o presidente do Conselho, Paulo Azi (União Brasil-BA), requisite a representação contra Lira.

O que se espera é que haja isonomia de tratamento entre as representações.
Ivan Valente (PSOL-SP)

Valente também pediu que o sorteio de relator fosse adiado até que as duas representações estivessem tramitando no Conselho. Ele obteve o apoio do deputado Célio Moura (PT-TO), que defendeu que elas fossem analisadas juntas pelo colegiado, por se tratarem do mesmo caso.

Paulo Azi disse que não poderia requisitar a representação e também negou a suspensão do sorteio. Ele aconselhou Ivan Valente a levar o caso ao plenário da Câmara, o que o deputado do PSOL afirmou que seria feito.