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MP junto ao TCU pede que Receita investigue contratação de Moro

Sergio Moro teria cometido irregularidades em sua contratação por empresa americana - Divulgação
Sergio Moro teria cometido irregularidades em sua contratação por empresa americana Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

20/06/2022 19h42Atualizada em 20/06/2022 19h42

O Ministério Público junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) emitiu pedido à Receita Federal, hoje, que investigue possíveis irregularidades na contratação de Sergio Moro (União) pela consultoria americana Alvarez & Marsal. Moro teria sido contratado como pessoa jurídica, ou seja, sua própria empresa.

De acordo com apuração do subprocurador-geral desse MP, Lucas Rocha Furtado, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública teria escolhido fazer o trabalho como pessoa jurídica para pagar menos tributos ao Brasil.

No pedido, o MP junto ao TCU considera possível que Moro tenha causado R$ 2,2 milhões de prejuízos ao Brasil por não pagar os tributos. Além disso, o político teria cometido práticas ilegais após deixar o cargo de juiz, por exemplo a prática de "revolving door".

Porta giratória, em tradução livre, na prática, Moro teria, segundo o subprocurador-geral, sido empregado na consultoria Alvarez & Marsal, administradora judicial da Odebrecht, uma das empresas mais afetadas pelas investigações da Lava Jato. Nisso, ele teria assumido consultoria em área na qual atuou anteriormente.

O UOL entrou em contato com a equipe de Sergio Moro, em caso de manifestações, atualizaremos a matéria.

Moro já criticou essa investigação anteriormente

Em resposta a representação de Furtado, emitida em março desse ano, Moro afirmou que essa investigação é a "sanha de um procurador do TCU", que, em suas palavras, quer "inverter o papel da justiça no país".

"O mais curioso agora é assistir a sanha de um procurador do TCU querendo inverter o papel da Justiça no país, atribuindo a um único juiz responsabilidade por prejuízos provocados pela ação de delitos cometidos por réus condenados por corrupção em duas instâncias, levando em conta anulações de sentenças que não inocentam ninguém", disse Moro na época.