Após críticas de Bolsonaro, governo parabeniza novo presidente da Colômbia
O Ministério das Relações Exteriores divulgou hoje uma nota parabenizando o presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, pela vitória na disputa eleitoral no país.
"Ao desejar ao presidente eleito êxito no desempenho de suas funções, o Governo brasileiro reafirma seu compromisso com a continuidade e o aprofundamento das relações bilaterais com a Colômbia, com vistas ao bem-estar, prosperidade, democracia e liberdade de nossos povos", diz a nota.
O posicionamento do Itamaraty ocorre após críticas de Jair Bolsonaro (PL) a Petro, que se tornou o primeiro presidente de esquerda da Colômbia. Até o momento, Bolsonaro não se posicionou oficialmente sobre a vitória de Petro.
O presidente brasileiro comparou Petro a Luiz Inácio Lula da Silva (PT), principal adversário de Bolsonaro nas eleições presidenciais de outubro.
"Vocês viram o discurso de hoje do novo presidente da Colômbia? 'Soltar todos os meninos presos, todos'. O Lula vai soltar os menininhos que mataram alguém por um celular para tomar uma cerveja", disse Bolsonaro a apoiadores ontem ao comentar trecho do discurso de vitória de Petro, que defendeu a libertação de jovens que foram detidos durante uma onda de protestos no ano passado.
Bolsonaro também se confundiu e disse que Petro foi um "ex-guerrilheiro do MIR" - um grupo do Chile. Petro, no entanto, fez parte do M-19, uma organização de guerrilha urbana colombiana.
A vitória de Petro também foi alvo de críticas dos filhos de Bolsonaro e aliados políticos do presidente. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) escreveu no Twitter que a "responsabilidade do eleitor brasileiro só aumenta. Já não é mais "tão somente" pelo Brasil, mas por toda a região". Carla Zambelli, umas das maiores aliadas do presidente, também escreveu no Twitter sobre o assunto e disse que "teremos uma nova Venezuela na América Latina para acompanhar a Argentina".
Gustavo Petro venceu com mais de 50% dos votos, derrotando o empresário Rodolfo Hernández.
*Com informações da Deutsche Welle e AFP
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