Governo já tem 122 das 171 assinaturas necessárias para CPI da Petrobras
O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, terminou esta terça-feira (21) com 122 assinaturas de apoio a um pedido de instalação de CPI para investigar as políticas de lucros da Petrobras. O número é 71% do necessário para que o requerimento seja enviado à Mesa Diretora da Casa e comece a tramitar. O documento, protocolado hoje pelo deputado federal Altineu Cortês (PL-RJ), ocorre após o aumento no preço dos combustíveis anunciado pela estatal na sexta-feira (17).
Para que a comissão seja instalada, após análise do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), as siglas com representação na Casa precisarão indicar integrantes para a comissão. "Os partidos têm conversado, cada um com seu convencimento. Os líderes conversarão com seus deputados para dar respaldo ou não a esse pedido. CPI é lícito e normal", afirmou Lira ontem, em entrevista a jornalistas. "Não queremos confronto ou intervenção. Queremos apenas respeito da Petrobras ao povo brasileiro."
A expectativa, segundo congressistas bolsonaristas consultado pelo UOL, é que o PL consiga nesta quarta-feira (22) o restante das assinaturas necessárias. O requerimento contra a estatal é assinado por 16 deputados bolsonaristas: "O país assiste estupefato à escalada sem precedentes dos preços dos combustíveis e produtos relacionados, o que tem impacto direto sobre a inflação, e, naturalmente, gera prejuízos à população", diz o texto do requerimento. Leia a íntegra da peça protocolada pelo PL.
"Os trabalhos da CPI serão muito úteis para esclarecer suspeitas em torno do tema, identificar eventuais práticas irregulares, seus autores e até, se for o caso, trazer luz ao debate sobre a própria política de preços praticada pela empresa que, caso venha a ser alterada, que o seja a partir de informações claras, tecnicamente fundamentadas e em benefício do povo brasileiro", afirmam os congressistas na ação.
PT se posiciona contra
A bancada do PT na Câmara dos Deputados se posicionará contra a instalação CPI para investigar a política de lucros da Petrobras. A determinação interna foi cravada após reunião com petistas, realizada na tarde de hoje. Na avaliação do PT, no entanto, o governo federal é o real responsável pela disparada dos preços.
Em manifesto assinado pelo líder do PT na Câmara, Reginaldo Lopes (MG), a sigla diz que "o caminho para baixar o preço dos combustíveis não é privatizar a Petrobras" e propõe que "a única maneira de reduzir o valor dos combustíveis é terminar com a dolarização dos preços". Segundo cálculos do partido, os lucros dos acionistas minoritários da empresa podem chegar a quase R$ 200 bilhões em 2022.
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