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Lewandowski diz que STF 'não irá se intimidar' e descarta risco de golpe

"Temos que conviver com os ataques", disse ministro do STF Ricardo Lewandowski ao jornal Correio Braziliense - Nelson Jr/STF
'Temos que conviver com os ataques', disse ministro do STF Ricardo Lewandowski ao jornal Correio Braziliense Imagem: Nelson Jr/STF

Do UOL, em São Paulo

28/06/2022 09h32Atualizada em 28/06/2022 09h53

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski afirmou que a Corte não se intimida diante dos ataques que vem recebendo, e que não acredita em um golpe nas eleições deste ano. As declarações foram feitas em entrevista ao jornal Correio Braziliense.

"O Supremo não irá se intimidar de forma nenhuma. Não temos nenhuma preocupação. Os 7 de Setembro passam e as instituições ficam", disse ele, em referência ao feriado da Independência do ano passado. Naquela ocasião, o presidente Jair Bolsonaro (PL) desafiou o Supremo, dizendo em manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, que não respeitaria nenhuma decisão do ministro Alexandre de Moraes.

O segundo ministro mais antigo da Corte também disse que as críticas não o afetam. "O Poder Judiciário, de modo geral, no mundo todo e no Brasil, está tendo um protagonismo um pouco maior por causa da Constituição e do grande número de competências que tem. Mas não é nada que nos preocupe. Nós temos que conviver com os ataques", declarou.

Lewandowski também afirmou não acreditar na possibilidade de um golpe.

Não há nenhuma possibilidade de ruptura institucional no Brasil. O país tem instituições sólidas, que estão funcionando. ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski

Ao longo de seu mandato, Bolsonaro tem investido repetidamente contra a Corte. Em entrevista no último domingo (26), ele afirmou que "uma tragédia" poderia acontecer.

"Vai chegar um ponto final. Uma hora, vai acontecer uma tragédia que a gente não quer. Não estamos dando recado, aviso, todo mundo sabe o que está acontecendo. O Brasil não pode continuar desta forma, onde lá no Supremo, tem alguns ministros -não todos- que têm uma Constituição própria embaixo do braço", disse a um programa feito por apoiadores do governo dele.