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Thaís Oyama: Bolsonaro projeta pouco desgaste eleitoral por Milton Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

28/06/2022 11h43Atualizada em 28/06/2022 13h41

O governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) aposta que o caso envolvendo o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro terá repercussão eleitoral ínfima. "A corrupção não é um tema da vida real", disse um integrante do núcleo de campanha do mandatário à colunista Thaís Oyama, do UOL.

"O eleitor não ideológico quer saber de tocar o seu negócio, quer saber se vai poder viajar no fim do ano e se poderá colocar o filho no curso de inglês. É disso que a campanha deve falar, da perspectiva de futuro", comentou o membro da campanha de Bolsonaro, de acordo com apuração de Oyama. A colunista revelou a informação durante o programa O Radar das Eleições.

Senadores da oposição protocolaram hoje, na Secretaria Geral da Mesa do Senado, o requerimento de criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar supostas irregularidades no MEC (Ministério da Educação). Autor do pedido, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou o documento acompanhado das deputadas federais Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e Luiza Erundina (PSOL-SP). A instalação do colegiado depende agora do aval do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Durante participação no UOL News ontem, Randolfe destacou que o foco principal da CPI será o "escândalo de corrupção" que envolve diretamente Milton Ribeiro e os pastores evangélicos Gilmar Santos e Arilton Moura, que foram presos na semana passada no âmbito da operação Acesso Pago.

Porém, ressaltou o senador, a Comissão não deve se eximir de investigar a suposta "intervenção indevida" de Bolsonaro no curso do processo. Na semana passada, após a prisão de Milton, Arilton e Gilmar — todos já soltos —, Randolfe conseguiu o mínimo de assinaturas necessárias para a abertura da CPI do MEC no Senado.