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Pacheco: Lula e Bolsonaro têm responsabilidade de promover a paz no país

Gabriela Vinhal

Do UOL, em Brasília

11/07/2022 18h10Atualizada em 12/07/2022 13h04

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou hoje que o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidatos ao Palácio do Planalto, têm a "responsabilidade" de promover a paz no país. A declaração ocorreu após Pacheco lamentar a morte de Marcelo Arruda, guarda municipal assassinado por um bolsonarista durante sua festa de aniversário neste fim de semana.

"Isso é inaceitável. Nos faz ter uma reflexão muito importante da responsabilidade de todos nós, dos lideres políticos — especialmente daqueles que disputam a eleição e que têm debaixo de si uma grande militância política. Me refiro ao presidente Bolsonaro e ao ex-presidente Lula a responsabilidade desses lideres políticos de provocar um pouco de paz no país", afirmou, em coletiva de imprensa.

Pacheco classificou como uma "barbaridade" o crime que ocorreu em Foz do Iguaçu, com "cenas repugnantes e chocantes, expressão pura, infelizmente, de um momento político de muito ódio e intolerância".

O presidente do Senado cobrou que Bolsonaro e Lula reforcem a necessidade de uma eleição com discussão de ideias, "porque ninguém merece conviver nesse ambiente que estamos vivendo".

O agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho invadiu uma festa e matou a tiros o aniversariante, o guarda municipal Marcelo Arruda, na noite de sábado (9), em Foz do Iguaçu (PR). O evento celebrava os 50 anos de Arruda, em uma comemoração temática do PT, com bandeiras e cores do partido e foto de Lula.

Pacheco também cobrou a responsabilidade da atuação das forças de segurança, e pediu que não menosprezem os últimos acontecimentos de intimidações e ameaças às autoridades públicas.

"Temos que confiar nas nossas forças de segurança, seja a polícia judiciária, seja o MP (Ministério Público), o Judiciário, de não menosprezar acontecimentos de intimidações, constrangimento e de ameaças. Porque tem sido muito recorrente as ameaças às autoridades públicas, a figuras que compõem os Poderes", completou.