Mourão cita 'exploração política' em morte de petista: 'Não é preocupante'
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) afirmou hoje que o assassinato do aniversariante com festa temática do PT em Foz do Iguaçu (PR) durante o final de semana "não é preocupante".
Não é preocupante, não queira fazer exploração política disso aí. Vou repetir o que estou dizendo, vamos fechar esse caixão. Para mim, é um evento desses lamentáveis que ocorrem todo final de semana nas nossas cidades, de gente que briga e termina indo para o caminho de um matar o outro disse Mourão a jornalistas
No sábado (9), o guarda municipal e tesoureiro petista Marcelo Arruda foi morto a tiros enquanto festejava seu aniversário de 50 anos. A comemoração tinha como tema o partido, com bandeiras e uma foto do ex-presidente e pré-candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva.
O agente penitenciário Jorge José da Rocha Guaranho chegou ao local sem ser convidado e disparou contra Arruda. Segundo o boletim de ocorrência, ao invadir a festa, ele gritou "aqui é Bolsonaro". A vítima, que também estava armada, conseguiu reagir e alvejar o agressor. Ele sobreviveu e está hospitalizado.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou sobre o caso ontem, lembrando que o autor da facada contra ele durante a campanha em 2018 foi filiado ao PSOL. "Vocês viram o que aconteceu ontem, né, a briga de duas pessoas lá em Foz do Iguaçu? Bolsonarista, não sei o que lá... Agora, ninguém fala que o Adélio era filiado ao PSOL, né?", disse ele em conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada, em Brasília.
Apesar dos comentários do chefe e vice-chefe do Executivo federal, a investigação da Polícia Civil paranaense indica que, de fato, o crime foi cometido por motivação política.
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