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Allan do Santos volta a atacar Moraes e diz: 'Estou no exílio, na mer*'

Allan dos Santos em entrevista ao Pânico, da Jovem Pan - Reprodução/YouTube Pânico
Allan dos Santos em entrevista ao Pânico, da Jovem Pan Imagem: Reprodução/YouTube Pânico

Do UOL, em São Paulo

15/07/2022 11h23Atualizada em 15/07/2022 11h39

O blogueiro bolsonarista Allan dos Santos, que vive nos Estados Unidos há cerca de nove meses, disse em entrevista à Veja que sua vida no exterior não tem sido boa. "Estou no exílio, estou na merda", falou à revista.

Apesar de usar a palavra exílio, Santos é considerado foragido pelas autoridades brasileiras. O blogueiro teve a prisão decretada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes em outubro do ano passado.

Moraes também pediu a inclusão do nome de Allan dos Santos na lista de procurados pela Interpol, mas isso ainda não aconteceu.

Na entrevista, Santos nega que esteja se escondendo e afirma que todos sabem onde ele vive, na cidade de Orlando, no estado da Flórida. O blogueiro alega que está passando dificuldades no exterior e que vive com a ajuda de doações de amigos.

Na entrevista, o blogueiro chama o ministro Alexandre de Moraes de "tirano". "Um delinquente que está ocupando a Suprema Corte", completa.

Allan dos Santos é investigado no âmbito do inquérito que investiga a divulgação de desinformação e a organização de atos antidemocráticos, cujo relator é Alexandre de Moraes.

Santos é acusado de lavagem de dinheiro, organização criminosa, calúnia, injúria e difamação. Ele nega todos os crimes.

Em seu canal do Youtube, o Terça Livre, ele costumava publicar conteúdos de extrema-direita, incluindo incentivos ao fechamento do Supremo Tribunal Federal. Atualmente, seus perfis nas redes sociais estão bloqueados, assim como suas contas e as contas da empresa.

Há uma semana, Allan dos Santos pediu ao STF que suas contas sejam desbloqueadas alegando que tem 50 funcionários para pagar. O ministro sorteado para julgar a ação foi Kássio Nunes Marques, mas como a Corte está de recesso, o caso fica nas mãos da ministra Rosa Weber, que ainda não proferiu uma decisão.