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Tarcísio e Garcia focam críticas em Haddad, que responde atacando Bolsonaro

Lucas Borges Teixeira, Jessica Bernardo e Beatriz Montesanti

Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL, em São Paulo

07/08/2022 21h42Atualizada em 08/08/2022 12h55

O primeiro debate entre candidatos ao governo de São Paulo, feito pela Band hoje, teve início com farpas entre Tarcísio de Freitas (Republicanos), Fernando Haddad (PT) e Rodrigo Garcia (PSDB).

Na primeira rodada de perguntas entre os candidatos, Haddad investiu em falar de educação e direcionou sua primeira pergunta para Tarcísio. Ele exaltou o governo de Jair Bolsonaro (PL) e disse que ele aumentou o piso salarial de professores. Em vez de seguir na resposta, pediu para a plateia dar um Google, chamando indiretamente Haddad de "pior prefeito de SP".

Haddad respondeu: "Pesquisa 'genocida'", gerando aplausos e vaias na plateia, que é composta por membros das campanhas e políticos aliados aos candidatos.

"Eu lamento você, na primeira resposta, já vir nessa agressividade. Você está chegando agora em São Paulo, se adeque a esse padrão de civilidade", disse, citando a origem de Tarcísio, que nasceu no Rio.

Após a resposta, entre vaias, ouviu-se um "Chupa!" à esquerda, área onde está o grupo do petista.

Garcia chamou de briga ideológica o embate entre Tarcísio e Haddad e diz que vai "proteger São Paulo", ganhando aplausos de sua claque na plateia. Apesar disso, também aproveitou o espaço de sua fala para criticar o petista, dizendo que Haddad "é sempre distraído" e "acorda tarde".

"Se a gente olhar de 2014 para cá, as crises sucessivas lá no governo do PT, agora agravadas pela covid, foram mais de 13 milhões de pessoas no Brasil que vieram para a pobreza extrema ou também para a pobreza. São Paulo não fica imune a isso e se São Paulo não tivesse feito as ações que fez, nós teríamos uma situação muito pior", criticou o atual governador.

O tucano ainda trocou farpas com Haddad ao falar sobre a criação do Poupatempo no estado. O ex-prefeito de São Paulo lembrou que Garcia saiu do governo de Mário Covas (PSDB) na época em que o projeto foi criado, ao que o tucano respondeu dizendo que tem expandido o programa durante sua gestão.

Por mais de uma vez, Garcia culpou o PT pelos problemas no estado. "A gente paga até hoje a crise que o PT deixou lá no governo federal."

O debate do estado de São Paulo conta com a presença de Fernando Haddad (PT), Tarcísio de Freitas (Republicanos), Rodrigo Garcia (PSDB), Vinícius Poit (Novo) e Elvis Cezar (PDT), mais bem colocados nas últimas pesquisas de intenção de voto. A mediação foi feita pelo jornalista Rodolfo Schneider.