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Roberto Jefferson declara R$ 745 mil ao TSE em candidatura à Presidência

Jefferson vai concorrer a um cargo eletivo pela primeira vez em 20 anos                            - Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil
Jefferson vai concorrer a um cargo eletivo pela primeira vez em 20 anos Imagem: Arquivo/Valter Campanato/Agência Brasil

Do UOL, em Brasília

12/08/2022 21h32

Concorrendo a um cargo eletivo pela primeira vez em 20 anos, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) registrou hoje sua candidatura à Presidência junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O político bolsonarista, que cumpre prisão domiciliar, declarou à Corte ter um patrimônio de R$ 745 mil.

Ao contrário dos demais presidenciáveis, o valor não é comparável ao declarado por Jefferson em eleições anteriores, já que o site do TSE não disponibiliza dados referentes às eleições de 2002, última vez em que ele concorreu. O patrimônio dele é o oitavo maior entre os 11 já declarados por postulantes ao Planalto.

Quais são as fontes do patrimônio de Jefferson? Segundo informado por Jefferson à Justiça Eleitoral, uma pequena parcela do patrimônio, R$ 28 mil, é composto de depósitos bancários, caderneta de poupança e outros investimentos. Todo o restante do valor, quase R$ 717 mil, é classificado como "outros fundos", sem detalhamento.

Por que Jefferson decidiu se candidatar? Anunciada no início do mês, a campanha do ex-deputado foi vista com estranheza por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), já que ele vem estreitando os laços com o bolsonarismo desde o início do governo.

O PTB afirma, no entanto, que não se trata de "traição", e sim de uma campanha que dará "apoio" a Bolsonaro. A ideia é que o ex-deputado, que está em prisão domiciliar desde janeiro, possa "falar o que Bolsonaro não pode" durante a campanha.

"O Roberto já é preso, o que mais vão fazer? Não tem mais o que o Alexandre [de Moraes] fazer contra ele", afirmou o deputado Daniel Silveira (PTB-RJ), citando o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou a prisão de ambos no ano passado.

Veja os outros presidenciáveis que já declararam os bens ao TSE:

  • Felipe D'Ávila (Novo) informou ter R$ 24.619.627,66 entre casas, aplicação de renda fixa, e "quotas ou quinhões de capital";
  • Pablo Marçal (Pros) declarou R$ 16.942.541,15. Em sua maioria são investimentos e ações, aplicações e "outras participações societárias", mas há também valores em conta corrente, bens imóveis, e outros bens e direitos;
  • Lula (PT) declarou R$ 7.423.725,78, entre previdência privada (VGBL), apartamentos, terrenos, veículos e investimentos em dinheiro
  • Ciro Gomes (PDT) declarou declarou um patrimônio de R$ 3.039.761,97 ao TSE. Ciro possui quatro imóveis e dois veículos. O restante dos bens de Ciro está distribuído em aplicações ou participações em empresas LTDA.
  • Jair Bolsonaro (PL) declarou um patrimônio de R$ 2.317.554,73. No registro, constam cinco imóveis e um veículo, além de R$ 591.047,58 na caderneta de poupança.
  • Simone Tebet (MDB) possui R$ 2.323.735,38 divididos entre casas, terrenos e apartamentos, além de R$ 59.225,08 em conta corrente;
  • Soraya Thronicke (União Brasil) declarou patrimônio de R$ 783 mil, dividido em três fontes: R$ 33 mil em depósitos bancários, R$ 250 mil em espécie e outros R$ 500 mil em participação societária de uma empresa da família;
  • Sofia Manzano (PCB) declarou R$ 498 mil. A candidata tem valores divididos entre um apartamento (R$ 200 mil), uma casa (R$ 294 mil) e outros R$ 4.000 na poupança;
  • Vera Lúcia (PSTU) disse ter R$ 8.805. Todo o valor está aplicado na poupança;
  • Léo Péricles (UP) tem o menor patrimônio declarado --os R$ 197,31 descritos também estão na poupança.