Com montagem, Bolsonaro volta a falar de imposto do whey e é criticado
O presidente Jair Bolsonaro (PL) foi criticado nas redes sociais após afirmar, na manhã desta sexta-feira (19), que reduziu o imposto sobre a whey protein, suplemento à base de soro do leite usado por atletas e entusiastas de academia. Empolgado, o chefe do Executivo postou também uma montagem na qual aparece com o corpo de um fisiculturista. "Pobre não come whey protein", criticou um internauta por seu perfil no Twitter. "Em vez de sopa de osso, poderemos tomar whey protein, que custa quase nada e qualquer um tem acesso. Viva!", ironizou outro.
Em resposta à reação negativa, Bolsonaro afirmou que já havia determinado a redução de imposto sobre alimentos. "Os impostos sobre itens da cesta básica têm sido reduzidos e zerados continuamente desde 2020 para combater os efeitos do 'fica em casa que a economia vê depois' e da guerra", disse o presidente, com críticas a medidas de contenção do coronavírus.
Ontem, em sua live semanal, um dos primeiros assuntos da transmissão ao vivo do presidente foi justamente a redução do imposto que incide no concentrado de proteína whey. O momento provocou uma discussão entre Bolsonaro e um auxiliar.
O presidente disse que a taxa "passou de 11% para 0% e ajuda aí o pessoal que malha". Uma pessoa por trás das câmeras contestou Bolsonaro, dizendo que o imposto seria reduzido a 4%, não zerado. "Não vem dá peruada, fica na tua aí, tô olhando na minha frente", retrucou o presidente.
"Os complementos alimentares de nutrição esportiva [foram] de 12% para 0%, o que passou de 11% para 4% é lactal. Eu perguntei alguma coisa para vocês?", continuou.
O anúncio de Bolsonaro é uma medida para ampliar seu escopo eleitoral. "O Governo Federal zerou imposto de importação de suplementos alimentares, como whey protein, creatina, BCAA e multivitamínicos, e diversos itens de nutrição esportiva, além de reduzir de 11,2 pra 4% os impostos para diversos outros itens, como proteínas lácteas e Albumina", escreveu em seu perfil no Twitter.
Em entrevista ao Flow Podcast na semana passada, ele fez acenos ao eleitorado da chamada geração Z (pessoas que têm de 16 a 26 anos em 2022), e saudou gamers, lembrando que reduziu o imposto de importação para consoles, acessórios e jogos. Pesquisa Genial/Quaest de agosto mostra que, entre o público jovem, a intenção de votos no mandatário foi de 25% em julho para 31% agora.
A intenção de votos ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesse grupo caiu de 53% para 44% no mesmo período. Para tentar reverter a queda, o petista se reuniu na quarta-feira (17) com uma comissão de profissionais ligados ao setor de jogos digitais no Brasil, que apresentou ao candidato à Presidência da República um documento com propostas de governo para a área.
Em seu perfil no Twitter, Lula falou comentou sobre o encontro e as sugestões que recebeu para fortalecer o setor de jogos eletrônicos. "Videogame não é apenas entretenimento, é também cultura, emprego e desenvolvimento tecnológico", disse.
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