Bolsonaro lamenta a morte de rainha e decreta luto de 3 dias
O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), lamentou nesta tarde a morte da rainha Elizabeth 2ª, do Reino Unido, e decretou hoje luto oficial de três dias no país. O ato foi publicado na tarde de hoje em edição extra do Diário Oficial da União.
Em seu Twitter, Bolsonaro disse que o Brasil recebeu a notícia com "grande pesar e comoção", citando uma frase que teria sido dita por Elizabeth. A rainha faleceu hoje aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia. O governo brasileiro também lamentou a morte de Elizabeth em perfil oficial.
"É com grande pesar e comoção que o Brasil recebe a notícia do falecimento de Sua Majestade a Rainha Elizabeth II, uma mulher extraordinária e singular, cujo exemplo de liderança, de humildade e de amor à pátria seguirá inspirando a nós e ao mundo inteiro até o fim dos tempos", escreveu Bolsonaro.
Por meio de nota, o Itamaraty disse que o governo brasileiro recebeu a notícia da morte da rainha com "profundo pesar" e disse que Elizabeth foi "símbolo de liderança e estabilidade para o país e para o mundo".
"Sua visita em 1968, ao lado do Duque de Edimburgo, a Recife, Salvador, Brasília, São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro é lembrada pelo Governo e pelo povo brasileiro como marco da amizade entre o Brasil e o Reino Unido. Rememorar a visita da Rainha Elizabeth 2ª e do Duque de Edimburgo ao Brasil é valorizar a parceria estratégica entre o Brasil e o Reino Unido", diz o Ministério das Relações Exteriores.
O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos), disse ser "momento de homenagem a essa figura ímpar de estadista".
"O mundo está sem rainha! Deixa hoje o nosso convívio a rainha de nossa geração, dos nascidos na década de 1950 que se acostumaram a vê-la como símbolo do próprio Reino Unido", escreveu o vice-presidente nas redes sociais.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), disse que o reinado da rainha "testemunhou as grandes transformações pelas quais o mundo passou no quase um século que viveu".
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), disse que ela viveu "alguns dos períodos mais desafiadores da história". "Sua trajetória deixa um legado de dedicação ao seu país. Nos solidarizamos com todo o povo da Grã-Bretanha que sofre a perda de um símbolo mundial", escreveu o ministro.
A mais longeva. Elizabeth foi a monarca mais longeva da história do Reino Unido e a que há mais tempo ocupava o poder no mundo. A princesa de York nasceu em 21 de abril de 1926 como a terceira na sucessão do trono britânico. Seu destino mudou em 1936, quando o tio, o rei Eduardo 8º, abdicou do trono.
Assim, o pai de Elizabeth tornou-se o rei George 6º. Aos 11 anos, ela foi morar no palácio de Buckingham com os pais e a irmã caçula, a princesa Margaret, e começou a ser preparada para, um dia, assumir o trono.
O que deve acontecer agora? Herdeiro da rainha, Charles, 73, ascendeu imediatamente ao trono. O conselho que fará a proclamação oficial de Charles como o novo rei deve ocorrer um dia após a morte da monarca, no Palácio St. James. No mesmo dia, a primeira-ministra irá ao Palácio de Buckingham para se encontrar com Charles. Logo em seguida, o monarca recém-empossado fará uma turnê pelo Reino Unido.
O funeral está planejado para ocorrer dez dias após a morte. O corpo da rainha será enterrado na capela memorial Rei George 6º. O caixão ficará ao lado de onde está enterrado Philip, seus pais e sua irmã, princesa Margaret.
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