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Justiça vê risco em soltar autor de facada em Bolsonaro e mantém prisão

Adélio Bispo de Oliveira confessou ter esfaqueado Jair Bolsonaro - Ricardo Moraes - 8.set.18/Reuters
Adélio Bispo de Oliveira confessou ter esfaqueado Jair Bolsonaro Imagem: Ricardo Moraes - 8.set.18/Reuters

Colaboração para o UOL

10/09/2022 16h26Atualizada em 10/09/2022 16h42

A 5ª Vara Federal de Campo Grande (MS) determinou que seja mantido preso Adélio Bispo, autor da facada no presidente Jair Bolsonaro (PL), então candidato à Presidência em 2018.

Para manter a internação na Penitenciária de Segurança Máxima de Campo Grande, a Justiça citou a "periculosidade" de Adélio, atestada na última perícia médica realizada em julho. O laudo afirma que a condição dele é agravada pela recusa em receber medicação psicotrópica indicada pela equipe médica.

A decisão está sob sigilo, pois transcreve fundamentos médicos protegidos pela Constituição.

Quando foi considerado inimputável, ainda em 2018, Adélio foi absolvido das acusações, porém, como prevenção, foi internado por tempo indeterminado.

Adélio foi espancado por policiais após facada

No livro "O Ovo da Serpente", a jornalista Consuelo Dieguez revela que Adélio Bispo foi espancado por policiais federais após ter esfaqueado o presidente Jair Bolsonaro, como uma forma de descobrir à força a motivação do crime.

Segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o livro conta que Adélio se manteve calmo, não chorou nem gritou. Ele apenas disse que não concordava com as ideias de Bolsonaro.

A surra só teria parado quando chegou ao local o tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues de Oliveira, então comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Minas Gerais.