Gleisi diz esperar normalidade na transição com ou sem apoio de Bolsonaro
A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PT-PR), declarou esperar que o processo de transição de governo entre Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) siga a "normalidade para o bem do Brasil". Lula foi eleito neste domingo (30) com 50,90% (60.345.999 votos), ante 49,10% (58.206.354 votos) de Bolsonaro.
"Até agora nós não tivemos nenhum contato do governo para que a gente pudesse iniciar tratativas [para a transição de governo]. (...) Eu espero que siga a normalidade para o bem do Brasil e do povo brasileiro, assim como nós tivemos outras tantas transições no processo democrático. Se o presidente, se o Jair Bolsonaro, não quiser participar, ok, mas nós temos instituições fortes", disse em entrevista à GloboNews.
A presidente da sigla afirmou que a lei prevê o início da transição de governo em até 48 horas após o resultado das eleições, porém, o PT já está articulando a equipe que auxiliará neste processo. Até às 18h (horário de Brasília) desta segunda-feira (31), o atual chefe do Executivo não entrou em contato com Lula.
"Como tem esse prazo, nós ainda estamos conversando aqui internamente sobre a designação da equipe de transição, nós podemos indicar 50 nomes mais uma pessoa para coordenar essa equipe. Então, nós vamos nos organizar internamente, montar a equipe, as pessoas por áreas, por temas que nós já estamos vendo. E, se não houve contato até a finalização dessas 48 horas, nós vamos tentar um contato com a parte política do governo para saber como proceder."
Gleisi ainda adiantou que esses nomes da equipe que auxiliará a transição de governo não necessariamente serão os cotados para assumirem ministérios na gestão petista.
"Não estamos discutindo nenhum nome para ministério. O presidente Lula ainda não se manifestou em relação a isso e não necessariamente quem compõe a equipe de transição será ministro ou ocupará cargos em ministérios. Serão pessoas que terão a finalidade de fazer esse processo de transição."
A parlamentar também comentou que já fez contato com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para ajustar algumas "medidas que nós precisamos", como "projetos de lei que estão tramitando e do próprio Orçamento para 2023."
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