Após escolta da PM, carga do Butantan afetada por bloqueios é entregue
O Instituto Butantan, que produz e fornece vacinas para o Ministério da Saúde, informou hoje que a carga de ovos usados para produzir imunizantes contra a gripe, que ficou presa na paralisação de caminhoneiros perto de Jundiaí (47 km de São Paulo), chegou à capital após acionamento da Polícia Militar para escolta. Os ovos chegaram à zona oeste da cidade, onde o instituto fica localizado, com mais de oito horas de atraso.
A estimativa do instituto era de que, caso a carga não fosse liberada, a produção de 1 milhão e meio de doses da vacina contra a H3N2 fosse comprometida. Agora, os ovos passarão por avaliação dos técnicos do instituto, processo comum a todos os produtos que chegam no local para fabricação de vacinas.
A PRF (Polícia Rodoviária Federal) informou que há 217 bloqueios em todo o país, com caminhoneiros contestando o resultado das urnas, que sagraram a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). O movimento acontece em 22 estados e no Distrito Federal.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes determinou hoje que a Polícia Militar tem poder para desbloquear as vias federais, multando e prendendo os manifestantes. Além da penalidade, o ministro determina que, em caso de descumprimento, aconteça o "afastamento do Diretor-Geral das funções e a prisão em flagrante de crime" e fala em "omissão e inércia da PRF" para resolver a situação.
Vídeos publicados nas redes sociais também registraram apoio aos protestos antidemocráticos por parte dos agentes da PRF em alguns bloqueios. "A única ordem que temos é para estar aqui com vocês", disse um agente a um grupo em Palhoça (SC). Ele é aplaudido e celebrado pelos presentes.
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