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Eduardo Leite: 'PSDB pode dar suporte a Lula, mas sem aderir ao governo'

Eduardo Leite (PSDB), governador reeleito do Rio Grande do Sul - Miguel Noronha/Futura Press/Folhapress
Eduardo Leite (PSDB), governador reeleito do Rio Grande do Sul Imagem: Miguel Noronha/Futura Press/Folhapress

Colaboração para o UOL

02/11/2022 10h37Atualizada em 02/11/2022 10h46

Governador reeleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite defende que seu partido, o PSDB, dialogue com o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), porém, não apoia que a sigla integre o novo governo.

Ao jornal O Globo, o tucano defendeu que o PSDB faça uma "oposição responsável" ao PT. "Podemos dar suporte no sentido de dar estabilidade para o país. Para dar sustentação à nossa democracia que esteve estressada, mas não significa adesão ao governo eleito. Temos divergências programáticas".

Como noticiado pelo UOL hoje, o PT cogita convidar o PSDB para compor o novo governo. O partido —um dos mais antigos adversários dos petistas— manteve-se neutro durante o segundo turno. Mas parte da velha cúpula declarou voto em Lula.

Durante a entrevista, Leite também criticou a demora para o presidente Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas eleições, se pronunciar. Ontem, o mandatário rompeu o silêncio, que durou quase dois dias, mas não reconheceu abertamente a derrota ou parabenizou o vencedor.

"É preocupante. Democracia é um regime em que se perde as eleições e a vida segue. Quem perde sabe que tem oportunidade de fazer oposição e pode voltar daqui a quatro anos", disse o governador reeleito.

Leite também criticou os bloqueios em rodovias pelo país promovidos por apoiadores de Bolsonaro. "Lamentável. Mas tenho confiança de que as instituições e as lideranças não permitirão retrocesso democrático. Ademais, gera prejuízos ao país. O bem do Brasil é estabilidade e a credibilidade".