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PRF do Rio diz ter desbloqueado todas as rodovias federais do estado

Manifestação pró-golpe em frente ao Comando Militar do Leste, na Praça Duque de Caxias, no Rio - Reprodução/Twitter/@pmerj
Manifestação pró-golpe em frente ao Comando Militar do Leste, na Praça Duque de Caxias, no Rio Imagem: Reprodução/Twitter/@pmerj

Do UOL, em São Paulo

02/11/2022 11h05Atualizada em 02/11/2022 14h35

A PRF (Polícia Rodoviária Federal) do Rio de Janeiro informou hoje que desbloqueou todas as rodovias federais do estado. Segundo boletim divulgado pela corporação às 13h30, restam sete pontos de concentração que não estão afetando o trânsito de veículos. Mais cedo eram três pontos.

De acordo com a PRF, quatro desses pontos são na BR-116. O primeiro é na altura do quilômetro 197, no município de Queimados, onde manifestantes se concentram em ambos os sentidos, mas sem obstrução da via.

O segundo é no quilômetro 310, onde cerca de 100 pessoas se manifestam em frente a uma unidade da rede de lojas Havan, do empresário bolsonarista Luciano Hang, em Resende.

O terceiro ponto é no quilômetro 282, na cidade de Barra Mansa, mas segundo PRF, os manifestantes já estão se desmobilizando e dizem que vão se dirigir à AMAN (Academia Militar de Agulhas Negras). Ainda na BR-116, o quarto ponto é na própria AMAN, com equipes se deslocando para o local para evitar possíveis confrontos entre manifestantes e ônibus de torcidas organizadas do Corinthians.

O quinto ponto de concentração é no quilômetro 70 da BR-101, em Campos de Goytacazes, onde cerca de 20 pessoas estão no acostamento da via. Também há um sexto ponto fora da rodovia e um sétimo no quilômetro 63, onde pessoas fazem reivindicação por "intervenção federal".

Às margens da BR há cerca de 50 pessoas, mas o foco da manifestação é mais para dentro do bairro, próximo a entrada do Exército.

Desde a noite do último domingo (30), apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) contrários ao resultado oficial das eleições que apontou vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foram às ruas para bloquear estradas por todo o país.

Em um pronunciamento feito ontem, 44 horas após a oficialização de sua derrota, Bolsonaro chamou os protestos que não aceitam o resultado das urnas de "movimentos populares".

Os atos seriam, de acordo com ele, "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral".

As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, com invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir."

Alguns manifestantes, porém, ignoraram o discurso do presidente e disseram que o importante é "a vontade do povo"

Moraes liberou PM para prender manifestantes. Em um despacho na manhã de ontem, o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes autorizou a PM (Polícia Militar) dos estados a desbloquear vias federais, estaduais e municipais que estejam com trânsito interrompido e disse que os responsáveis pelos bloqueios podem ser multados e presos em flagrante pela corporação.

"Polícias militares dos estados possuem plenas atribuições constitucionais e legais para atuar em face desses ilícitos, independentemente do lugar em que ocorram, seja em espaços públicos e rodovias federais, estaduais ou municipais, com a adoção das medidas necessárias e suficientes, a critério das autoridades responsáveis dos Poderes Executivos Estaduais", escreveu o ministro.

Na decisão, Moraes afirmou ainda que os policiais também podem identificar eventuais caminhões que estejam participando dos bloqueios e enviar essas informações a juízo para que haja aplicação de multa horária de R$ 100 mil.