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Facebook e Instagram apagam publicações com pedidos de golpe militar

Manifestantes pró-golpe em frente ao Comando Militar do Leste, no centro do Rio de Janeiro - Igor Mello/UOL
Manifestantes pró-golpe em frente ao Comando Militar do Leste, no centro do Rio de Janeiro Imagem: Igor Mello/UOL

Weudson Ribeiro

Colaboração para o UOL, em Brasília

04/11/2022 15h25

A Meta, empresa que controla o Instagram e Facebook, informou hoje que tem removido publicações em que usuários pedem golpe militar no Brasil.

"Temos acompanhado com atenção os acontecimentos no Brasil e as conversas sobre esses eventos nas nossas plataformas, e começamos a remover pedidos para uma intervenção militar no Brasil no Facebook e Instagram", disse a companhia em nota.

A medida ocorre depois de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinar a exclusão de grupos em aplicativos de mensagem que reúnem entusiastas e organizadores de manifestações com pautas antidemocráticas.

Segundo a Corte Eleitoral, o Telegram tem sido a principal plataforma usada para as convocações, seguida pelo WhatsApp.

Desde o resultado do segundo turno das eleições, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) têm se mobilizado para pedir intervenção das Forças Armadas contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na terça-feira (1º), o mandatário agradeceu aos 58 milhões de votos recebidos e, em seguida, criticou os atos de caminhoneiros que, desde domingo (30), têm bloqueado estradas em todo o país.

"Manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e fechamento do direito de ir e vir", pontuou.

Segundo o governante, ele continuará cumprirá todos os mandamentos da Constituição Federal.

"Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais. Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição", disse.