Helder Barbalho defende ida de Lula à COP27: Bolsonaro colhe o que planta
Helder Barbalho (MDB), governador reeleito do Pará, afirmou ao UOL Entrevista que vai acompanhar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na COP27 (27ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). Ele falou sobre as expectativas para o evento e criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL).
"O Bolsonaro colhe o que planta. Ele teve oportunidade ir na COP25 em 2019, na Espanha, e não foi. Teve oportunidade de ir na COP26, ano passado, em Glasgow, e não foi. Tinha oportunidade de ir nessa COP e se negou. Então, ele não pode achar que é usurpação o novo presidente, que está a menos de dois meses de assumir, demonstrar interesse em recuperar o protagonismo do Brasil", opinou Helder, que apoiou Lula no 2º turno da eleição presidencial.
O governador também falou sobre temas que Lula deve abordar na COP27 e disse que é grande a expectativa em torno da participação do Brasil no evento.
"A ida do presidente Lula gera expectativa de que ele vá demonstrar aquilo que o mundo pode esperar do Brasil. Acho que o presidente Lula deve assumir o compromisso de redução de emissões, mas não pode discutir apenas a redução de emissões. Deve cobrar compensação por parte dos países industrializados de que façam uma ação efetiva de regulação do mercado de crédito de carbono para que floresta em pé se transforme em uma commodity", explicou o emedebista.
De acordo com Barbalho, essa regulação é fundamental para resolver o conflito ambiental. "Países industrializados já optaram pela indústria como atividade do seu desenvolvimento. Se nossa vocação passará a ser floresta, que haja monetização para gerar oportunidade de emprego e renda. Se não monetizarmos a floresta, continuaremos com o discurso, mas na vida real será sempre um conflito entre quem precisa produzir, ter renda, e a pauta ambiental".
Governador explica ponto de obstrução no Pará: 'Tem histórico de conflitos'
Helder Barbalho (MDB) também falou sobre o bloqueio feito por bolsonaristas no estado. De acordo com ele, trata-se de um local que tem histórico de conflito.
"Temos exclusivamente esse ponto de obstrução na ligação entre Novo Progresso com a divisa com o Mato Grosso, Cachoeira da Serra, onde tem obstrução. É onde tem histórico de conflitos por questões do uso da terra na área de reserva, seja por conflitos envolvendo ilegalidades ambientais, seja por questões do garimpo", explicou Helder.
O UOL Entrevista vai ao ar às segundas e quintas-feiras, às 10h.
Onde assistir: ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
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