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Na equipe de transição de Lula, Tebet defenderá ajustes no Auxílio Brasil

Simone Tebet, do MDB, anunciou seu apoio à Lula logo após o fim do primeiro turno e participou da campanha do petista  - REUTERS
Simone Tebet, do MDB, anunciou seu apoio à Lula logo após o fim do primeiro turno e participou da campanha do petista Imagem: REUTERS
Leonardo Martins e Weudson Ribeiro

Do UOL, em Brasília

08/11/2022 13h01Atualizada em 08/11/2022 17h19

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) ingressou na equipe de transição do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com a missão de defender ajustes no Auxílio Brasil, programa de transferência de renda adaptado pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) a partir do Bolsa Família.

"É disso que temos que tratar —da fome, da geração de emprego, renda e recursos para fazer políticas públicas. Habitação, melhoria e recursos na área da saúde e de educação", afirmou a congressista, anunciada hoje pelo vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), como titular da área de Desenvolvimento Social do grupo.

"É óbvio que, como estamos falando de 28 temas e temos tempo muito curto para tratar, não dá para trazer para essa pasta tudo aquilo que a gente entende de desenvolvimento social. Pelo contrário, agora é hora de destrinchar. Quanto mais divisão e mais colaboradores tivermos, mais eficiente seremos", disse Tebet.

A nomeação não significa que Tebet assumirá cargo ministerial na gestão Lula. "Simone, com a sua experiência e com a sensibilidade, a força da mulher, vai trabalhar conosco na área do Desenvolvimento Social, que é uma área importantíssima. Não tem relação entre transição e ministério. São coisas diferentes", disse Alckmin.

O comunicado foi feito no mesmo momento em que o MDB deu sinais de que também participará do conselho político do petista, ao lado de siglas como Rede Sustentabilidade e PSD.

A reaproximação com o PT ocorre depois de o MDB liberar os diretórios estaduais para apoiarem a reeleição de Bolsonaro no segundo turno. Na sexta-feira (4), o presidente da sigla, Baleia Rossi, negou "alinhamento automático" com o governo eleito. "Há uma disposição de colaboração, mas dentro de uma agenda para o Brasil. Por exemplo, a reforma tributária. Não queremos relação fisiológica", disse.

Hoje, o dirigente reforçou a disposição da sigla em colaborar com o petista. "O MDB é o partido mais democrático do Brasil e pode ajudar muito na questão da agenda nesse processo de transição. O partido tem espírito colaborativo muito grande para que a gente possa avançar nas pautas para o país."

Transição. Os primeiros integrantes da equipe de transição foram conhecer as instalações do CCBB na última sexta-feira.

No fim de semana, eles se reuniram com Lula para definir uma agenda de trabalhos e reuniões em Brasília.

Estrutura. A equipe ficará alocada no segundo andar do prédio do CCBB. Tanto Alckmin quanto Lula terão gabinetes individuais para trabalhar.

Há outros 15 gabinetes para outras autoridades e quatro salas de reuniões, além de um ambiente de trabalho para o restante da equipe. Quase cem computadores foram instalados. Ao todo, o ambiente cedido à equipe de transição tem cerca de 3 mil metros quadrados.