Mercadante diz que Defesa terá uma 'bela surpresa' e aguarda aval de Lula
O ex-ministro Aloizio Mercadante (PT) afirmou hoje que a composição do grupo técnico de Defesa, o único ainda pendente no gabinete de transição, terá uma "bela surpresa".
Segundo ele, o futuro ministro da pasta será um civil —diferentemente da linha de raciocínio do atual chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro (PL), que sempre privilegiou oficiais militares.
O governo eleito deve anunciar na semana que vem os nomes do núcleo temático destinado aos trabalhos de transição no âmbito do Ministério da Defesa.
De acordo com Mercadante, que é coordenador técnico da transição, a decisão será tomada assim que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vitorioso nas urnas, retornar das viagens ao Egito (para a COP27) e a Portugal.
"É, de fato, ele [Lula] está chegando e vamos fechar o grupo. Acho que vocês vão ter uma bela surpresa. Está muito bem construído o grupo", declarou o ex-ministro. A previsão é que os nomes sejam revelados na próxima segunda-feira (21).
Indagado sobre o motivo pelo qual considera que o anúncio será uma "bela surpresa", Mercadante respondeu que o grupo técnico terá "representatividade".
"Pela composição do grupo, pela representatividade, pela estatura das pessoas que vão participar, vai ser uma excelente solução."
Civil na Defesa. Mercadante também corroborou algo que Lula afirmou várias vezes durante o processo eleitoral: o novo ministro da Defesa será um civil.
"O presidente já disse isso publicamente: o ministro da Defesa será um civil. Foi no governo dele e será [no novo mandato]."
"Agora, o grupo de transição é um grupo que tem uma tarefa especifica, que é essa que eu falei pra vocês. Vou falar com o presidente antes de anunciar, não há chance [de anunciar antes]. Aguardem segunda-feira."
Impasse. A articulação junto aos militares virou um dos principais impasses em relação ao processo de transição para o novo governo.
O GT (grupo técnico) da área é o único que ainda não foi montado. Também resta pendente a definição do núcleo que vai lidar com o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Lula enfrenta dificuldades de quadros com acesso às atuais cúpulas militares, e com a direção de ambos os ministérios no governo Bolsonaro, numa relação considerada sensível pelos petistas.
O vice-presidente eleito e coordenador-geral da transição, Geraldo Alckmin, um dos nomes em quem se confiava a aproximação com militares, tem afirmado a interlocutores que a equipe temática da Defesa será anunciada "assim que formada".
Há um "silêncio total" sobre os nomes sendo recrutados, e integrantes da transição afirmam que será preciso "muito tato" na relação com a Defesa. Eles dizem que o setor militar foi preterido da pauta prioritária na formação da equipe, mas vem sendo tratado por um núcleo mais fechado no entorno de Lula.
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