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TCU cobra explicações sobre possível omissão da PRF em bloqueios

31.out.2022 - Bolsonaristas queimam pneus em bloqueio em rodovia - Eduardo Militão/UOL
31.out.2022 - Bolsonaristas queimam pneus em bloqueio em rodovia Imagem: Eduardo Militão/UOL

Do UOL, em São Paulo

23/11/2022 15h12Atualizada em 23/11/2022 15h32

O TCU (Tribunal de Contas da União) determinou 15 dias para que a PRF (Polícia Rodoviária Federal) preste esclarecimentos sobre uma possível omissão da Polícia em desfazer os bloqueios de caminhoneiros bolsonaristas, que travaram vias ao redor do Brasil após a derrota do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno eleitoral como forma de protesto golpista.

O texto é datado em 10 de novembro, mas a contagem dos 15 dias se iniciou no dia 21 deste mês, quando foi dada ciência por parte da PRF.

Além da suposta omissão, o Tribunal pede explicações a respeito de "dirigentes e agentes fiscalizadores do órgão que teriam sinalizado apoio aos caminhoneiros, ao não desmontar os bloqueios nas estradas, em possível descumprimento de decisão do STF [Supremo Tribunal Federal]."

Assim, é solicitada a "imediata determinação" para que o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, "apresente a este Tribunal as medidas adotadas com fito de desobstruir as rodovias ocupadas pelos caminhoneiros".

O documento ainda indica que, se as suspeitas sobre os dirigentes e agentes forem confirmadas, será aberta a "responsabilização" pelo "fomento e incentivo das atitudes antidemocráticas dos caminhoneiros".

O despacho é assinado pelo ministro Benjamin Zymler, com pedido de liminar formulado pelo MP (Ministério Público) junto ao TCU.

Bloqueios foram desfeitos ontem

As rodovias federais ficaram livres de interdições e bloqueios ontem à noite, segundo boletim divulgado pela PRF. O anúncio aconteceu cinco dias depois do retorno dos atos golpistas nas estradas do país.

Inicialmente, os atos iniciaram logo após o segundo turno das eleições, em 30 de outubro, e se prolongaram até o dia 9 de novembro. Em 18 de novembro, a corporação divulgou o retorno dos atos que, segundo a corporação, foram completamente desfeitos ontem.