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Subprocuradora reclama do serviço de motoristas da PGR: 'Peguei Uber'; veja

A subprocuradora-geral da República Elizete Ramos em sessão do CSMPF  - Reprodução/YouTube/TV Senado
A subprocuradora-geral da República Elizete Ramos em sessão do CSMPF Imagem: Reprodução/YouTube/TV Senado

Do UOL, em São Paulo

06/12/2022 17h52Atualizada em 06/12/2022 18h20

A subprocuradora-geral da República Elizete Ramos aproveitou a sessão do CSMPF (Conselho Superior do Ministério Público Federal) para reclamar do serviço de motoristas oferecido pela PGR (Procuradoria-Geral da República). O PRG, Augusto Aras, estava presente na sessão.

Elizete começou a sua fala citando que os serviços da PGR estão "funcionando relativamente muito bem", mas tem problemas com o transporte.

"O transporte na procuradoria não está funcionando. A primeira vez que eu perdi meu motorista por causa de férias, que foram dados três meses direto de férias para ele e tal. Eu não sei, eu não entendo bem como que a administração dá três meses de férias para um motorista e não reverte isso", começou, relatando que não tem mais o motorista oficial.

Na sequência, a subprocuradora contou que teve que pedir um Uber mesmo após ter agendado para um motorista da PGR buscá-la às 08h30 desta terça-feira.

Eu sei que cada procurador, cada subprocurador hoje não tem mais motorista, então, a gente pede com antecedência, o motorista vem. Ontem, eu marquei para virem me buscar, às 8h30, em casa. O que acontece? 08h30 e nada. Eu liguei para o serviço de transporte, aí fui informada que eles estavam tentando ligar para mim, eu não sei em que telefone, porque o único telefone que eu tenho hoje é o celular, [para avisar] que não tinha motorista e único motorista que tem já está na rua. Aí eu fiquei brava. 'Então eu vou ligar para a senhora na hora que o motorista chegar.' Imediatamente eu pedir um Uber. Subprocuradora-geral da República Elizete Ramos

A subprocuradora continuou falando que eles podem pegar Uber "graças a Deus e felizmente", elogiou a gestão de Aras na relação a ganhos, porém, seguiu com a reclamação do transporte.

"Nós vamos ficar com o transporte assim? Cada vez que eu pedir um motorista vai ser uma dolorosa interrogação se ele vai ou não? Eu que vou ter que ligar para cá? Eu vou ter que pegar o Uber? Como é que vai ser isso? De qualquer maneira, esse serviço não está funcionando e como vossa excelência gosta de tudo dito e não tem como esconder isso, está dito que não está funcionando. Então eu peço que tome alguma providência", finalizou Elizete.

Após a fala, uma conselheira anunciou que fez um memorando pedindo o aperfeiçoamento da situação e o levantamento do porquê o episódio aconteceu. Ela ainda informou que outros colegas tiveram o mesmo problema ao se deslocarem para sessões no STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Posteriormente, o procurador-geral da República comentou que o tema não é "um assunto simples" já que alguns membros da PRG tem carros e motoristas oficiais à disposição por questões de segurança. "Não se trata de pegar Uber ou não pegar Uber", completou, dizendo lamentar o episódio relatado pela subprocuradora.

"Nosso corpo de motoristas está envelhecido, muitas aposentadorias nos últimos três anos. Nós temos servidores motoristas já em idade avançada e sem condições de saúde", disse. Aras ainda comentou que irá sugerir a possibilidade de uma abertura de concurso para motoristas servidores futuramente, já que em 2020 foi negado um pedido para abrir o edital de contratação desse grupo.

Confira a fala da subprocuradora:

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