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Tales: Lula escolheu cinco especialistas em negociação para ministérios

Colaboração para o UOL, em Brasília

09/12/2022 12h14

Na avaliação do colunista do UOL Tales Faria, os indicados pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a composição ministerial de seu governo têm perfis de negociadores, capazes de dialogar com dissidentes e apoiadores mais radicais.

A divulgação dos nomes ocorreu no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília, onde a equipe de transição trabalha. O petista disse que, embora não tenha anunciado mulheres nem negros neste momento, o ministério terá pessoas desses grupos.

Foram anunciados:

  • Fazenda: Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação;
  • Casa Civil: Rui Costa, governador da Bahia;
  • Defesa: José Múcio Monteiro, ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas da União;
  • Justiça: Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e senador eleito;
  • Relações Exteriores: Mauro Vieira, diplomata e ex-chanceler.

"São cinco especialistas em negociações. Haddad é da ala mais moderada do PT, foi o homem que indicou Geraldo Alckmin como vice. Foi prefeito, sabe lidar com as diferenças. Conversou com Paulo Guedes", apontou Tales, no UOL News, sobre a indicação para o ministério da Fazenda.

Sobre o futuro ministro da Justiça, Tales destacou o legado de Dino no governo do Maranhão. "Reuniu todos os partidos em torno dele. Teve trânsito com praticamente todos. Ele era uma dissidência de José Sarney, mas assim mesmo negociou com todas as tendências."

Para o colunista, a falta de pluralidade no governo é uma questão que será remediada à medida que Lula anunciar novos nomes para futuras pastas. "O que ele está mostrando é o seguinte: 'Esta é a cara do meu ministério principal'. A segunda coisa que vai ocorrer é que vai vir um ministério com diversidade."

Madeleine: Governo não pode ter como critério para escolha de ministros 'bingo de diversidade'

No UOL News, a colunista Madeleine Lacsko apontou que o petista deverá ser alvo de críticas da ala de apoiadores mais radicais e que o governo de transição não pode ter como critério para escolha de ministros um "bingo de diversidade", em que indicações plurais tomariam o espaço de nomes mais técnicos.

"Eu acho que Lula vai tomar uma pedrada da base ele. Como se a escolha de nomes para os ministérios fosse mudar a situação do preconceito que a gente tem no Brasil. Se ele puser metade mulher, metade homem, metade negros, metade branco vai continuar a mesma situação de discriminação e preconceito que a gente tem, porque medidas superficiais não resolvem problemas", analisou.

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