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OPINIÃO

Bombig: Moraes corta oxigênio de atos golpistas antes de posse de Lula

Colaboração para o UOL

15/12/2022 08h55

O colunista do UOL Alberto Bombig afirma que o ministro do STF Alexandre de Moraes está agindo para dar segurança à cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Nesta quinta-feira (15), a PF (Polícia Federal) cumpre 81 mandados de busca e apreensão contra envolvidos em atos golpistas. A ordem para a ação foi de Moraes, que autorizou mais de 100 mandados, que incluem também quebras de sigilos bancários e bloqueios de contas.

"Me parece que, desde a diplomação do presidente Lula, o Moraes resolveu cortar um pouco o oxigênio desses atos e preparar o espírito para a posse do presidente Lula", comentou inicialmente Bombig no UOL News.

"Nos bastidores há muita tensão se a posse vai transcorrer em segurança, se protestos estão programados. Então entendo as buscas como medida preventiva para que a gente tenha uma posse tranquila", explicou.

Essa é a maior operação contra financiadores dos atos antidemocráticos. Bombig explicou o que a PF vai procurar nessa ação. "Quando Moraes ordena a busca e apreensão, está buscando materialidade, provas, para prisões e processos, para de alguma maneira punir e responsabilizar por esses atos que estão passando dos limites".

Maierovitch: Ministro da Justiça comete abuso de poder ao atender Valdemar

Outra notícia do dia é que o Ministro da Justiça, Anderson Torres, atendeu a um pedido de Valdemar Costa Neto (PL) e mandou investigar institutos de pesquisa eleitoral. Segundo Wálter Maierovitch, jurista e colunista do UOL, isso pode representar abuso de poder.

"Para aqueles que têm olhos, basta ler a lei de 2019, que trata do abuso de autoridade, do abuso de poder. Uma das caracterizações é a autoridade impedir um exercício profissional, de interesse público, que é a pesquisa, que retrata um momento. Pesquisador não tem bola de cristal. Ministro da Justiça deve saber o que representa uma pesquisa", explicou o jurista.

Na sequência, ele comentou que tudo é um "jogo de cena" e, por isso, configuraria abuso de autoridade. "O Valdemar se refere ao 1º turno, dá alguns dados e pede providências. O ministro não percebe ou não quer perceber a falta de justa causa. Ele toma uma providência abusiva. O que existe é abuso de autoridade, abuso de poder, simples assim", explicou Maierovitch.

Maierovitch: 'Estão fazendo um carnaval muito grande sobre a faixa'

O jurista Wálter Maierovitch reforçou que a faixa presidencial só tem valor simbólico e não importa se Jair Bolsonaro (PL) pretende passá-la a Lula ou não.

"Vocês não estão achando que está se fazendo um carnaval muito grande sobre a faixa? Já ocorreu a diplomação. Existe a posse. Resta o início do exercício. Com faixa ou sem, vai ter o início do exercício. A faixa é meramente simbólica", explicou ele.

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