Freixo: Houve abuso de poder econômico sem precedentes nas eleições do RJ
Marcelo Freixo (PSB), candidato derrotado ao governo do Rio de Janeiro, classificou como "muito grave" o pedido de cassação da chapa vencedora, de Cláudio Castro (PL). O Ministério Público Eleitoral fez esse pedido após uma série de reportagens investigativas do UOL.
"O que a gente assistiu na eleição, além da força do bolsonarismo, que reconheço, foi um evidente abuso de poder econômico sem precedentes", comentou Freixo no UOL Entrevista desta quinta-feira (15).
"Tivemos nas ruas do Rio de Janeiro aproximadamente 20 mil pessoas segurando bandeiras do candidato Cláudio Castro. Essas pessoas recebiam em média R$ 50 por dia. Isso dá R$ 1 milhão por dia. Esse dinheiro veio da onde? Está previsto onde? Não está".
Freixo citou outras denúncias recentes contra o governo de Castro no Rio de Janeiro e afirmou que tudo funcionou como "uma máquina pública desviando dinheiro de tudo quanto é lugar".
Freixo: Embratur hoje não tem dinheiro para servir um café
Atualmente, Freixo faz parte da equipe de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele faz parte da área de Turismo e diz que falta dinheiro para o setor - situação que deve se agravar se não houver aprovação da PEC da Transição.
"Se essa PEC não for aprovada, não tem orçamento para o governo. Na pasta do Turismo, não tem um centavo. A Embratur hoje não pode servir um café. Não tem um centavo. A pasta do turismo tem R$ 19 milhões para fazer turismo para o Brasil inteiro, que é nada", criticou Freixo.
Freixo: Bolsonaro falou muito de segurança pública; esquerda sempre teve essa dificuldade
Freixo também foi perguntado sobre a "bolsonarização" das polícias. Ele afirma que o atual presidente teve o mérito de falar muito sobre segurança pública, enquanto parte da esquerda tem dificuldade para fazer isso.
"Bolsonaro trabalhou muito por isso. O tempo inteiro insistiu em falar disso. Bolsonaro foi deputado 30 anos. E sempre falou de segurança pública. Podemos discordar de tudo que eles falaram, mas eles falaram. E uma parte significativa da esquerda nunca quis falar de segurança pública ou demorou muito. Teve muita dificuldade de falar com polícias e para polícias", concluiu Freixo.
O UOL Entrevista vai ao ar às segundas e quintas-feiras, às 10h.
Onde assistir: ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja o UOL Entrevista na íntegra:
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