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Dino: Lula vai decidir no dia da posse se usará colete à prova de balas

Lula: últimos ministros saem poucos dias antes da posse - TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Lula: últimos ministros saem poucos dias antes da posse Imagem: TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

27/12/2022 19h04

O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidirá no dia da posse, no próximo dia 1º de janeiro, se vai usar ou não colete à prova de balas.

"Essa decisão é muito pessoal e é no dia. Realmente não há essa decisão. Há sim sempre essa possibilidade, mas não há decisão em relação a isso. As decisões vão no sentido de reforço das forças institucionais e outras decisões serão tomadas no dia pela equipe que coordena a segurança e pelo próprio presidente Lula", disse Dino, em entrevista à TV CNN.

Uma bomba foi encontrada conectada a um caminhão de querosene, nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília, no último sábado (24). O explosivo foi plantado por um bolsonarista que participava de manifestações em frente ao quartel-general do Exército na capital federal.

A PM-DF (Polícia Militar do Distrito Federal) acionou o esquadrão antibombas na tarde desta terça-feira (27) para verificar uma mochila encontrada próxima a um depósito de gás, na quadra 5 do Setor Hoteleiro Norte, em Brasília. Essa é a quinta ocorrência do tipo, às vésperas da cerimônia de posse de Lula.

Durante a entrevista, o ministro do governo Lula contou que em relação aos casos envolvendo articulação de atentados por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) que há investigações que resultaram em novos pedidos de prisão de "crimes muito graves" com penas que podem chegar a 30 anos de prisão.

Carro fechado ou aberto. Ainda não está definido em que carro o presidente eleito, Lula, desfilará em Brasília ao assumir o terceiro mandato, em 1º de janeiro.

A Polícia Federal sugeriu que o petista faça o cortejo rumo ao Planalto em um carro blindado e fechado, e não na tradicional limusine aberta.

A interlocutores, o petista insiste em manter um contato mais próximo com os apoiadores —inclusive físico, como fez na campanha. Ele tem argumentado que usar um carro fechado poderia demonstrar fraqueza e até derrota, como se o novo governo se submetesse às ameaças golpistas.

O martelo deverá ser batido poucas horas antes do trajeto. O futuro ministro da Justiça usa o clima chuvoso no Distrito Federal como uma justificativa de deixar os dois carros preparados. São esperadas cerca de 300 mil pessoas no evento.