Cioccari: Sem passar faixa, Bolsonaro e Mourão esvaziam cadeira da direita
Com uma viagem do atual presidente Jair Bolsonaro (PL) marcada para os Estados Unidos nesta semana, e a recusa do vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos) em passar a faixa presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na cerimônia de posse de futuro presidente, abre-se uma lacuna na representatividade da direita no Brasil.
Apesar de a Constituição determinar uma linha sucessória na presidência, ela não determina que essa mesma linha de substituição seja seguida na cerimônia de passagem da faixa presidencial. Lula, portanto, poderá decidir a forma com que vai receber a faixa na cerimônia.
A atual linha de substituição da presidência no Brasil é:
- O presidente Jair Bolsonaro;
- O vice-presidente Hamilton Mourão;
- O presidente da Câmara Arthur Lira (PP).
A partir do momento que Bolsonaro não passa a faixa e o Mourão também não passa a faixa, eles deixam a cadeira da direita vazia e não existe um ocupante para ela. Aí uma grande parcela da população fica completamente desamparada, como se não tivesse valido o voto. Deysi Cioccari
Durante participação no UOL News, a cientista política Deysi Cioccari afirmou que Bolsonaro não passar a faixa para Lula é algo simbólico. Além disso, ela destacou que em toda democracia se faz necessária uma oposição democrática, mas Bolsonaro e Mourão estão deixando a direita brasileira sem essa representatividade ao não passarem a faixa presidencial.
Calejon: Bolsonaro faz algo sintomático ao ir a resort e deixar apoiadores
A cientista política Deysi Cioccari classificou o silêncio de Bolsonaro diante de ameaças de ataques terroristas em Brasília como "omissão política" e, durante participação no UOL News, também afirmou que o silêncio é uma estratégia para manter sua base mobilizada.
"Esse silêncio é um recurso que ele usou durante esses quatro anos que é aquele recurso da subjetividade. O não dito é tão importante quanto o dito, então esse silêncio do Bolsonaro vai inflamando essas pessoas que acreditam que as Forças Armadas vão intervir, que acreditam que Lula não vai assumir e que vai haver alguma coisa no dia 1º de janeiro. Então até esse silêncio é uma forma estratégica de manter essa base bolsonarista inflamada".
O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em três edições: 8h, 12h e 18h, sempre ao vivo.
Quando: de segunda a sexta às 8h, 12h e 18h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.