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Atuaremos de forma enérgica para liberar vias, diz PRF sobre posse de Lula

Do UOL, em São Paulo e em Brasília

30/12/2022 11h24Atualizada em 30/12/2022 13h44

O diretor-geral substituto da PRF, Marco Antônio Territo de Barros, afirmou que mais de 12 mil agentes vão atuar em todo o país para evitar protestos que impeçam o trânsito nas estradas entre os dias 31 de dezembro e 1º de janeiro —quando ocorre a posse do presidente eleito Lula.

Caso haja alguma manifestação ou interdição, estamos com a força de choque dedicada próximo a esses locais e atuaremos de forma enérgica para fazer a liberação das rodovias. Nós vamos garantir que todos cheguem em segurança para a operação posse."
Marco Antônio Territo de Barros, diretor-geral substituto

No fim de outubro, logo após a derrota de Bolsonaro nas eleições, apoiadores do presidente fecharam estradas em todo o país.

Hoje, de acordo com a PRF, há 22 pontos com grupos bolsonaristas, que "estão acampados ou aglomerados nas margens da rodovia".

Números da Operação Posse da PRF:

  • 12.871 policiais em atuação em todo o país;
  • 1.540 viaturas;
  • 400 escoltas;
  • 24 equipes de motocicletas batedores;
  • 1.050 policiais no entorno do Distrito Federal e da posse.

Houve aumento de 30% no número de policiais deslocados para os trabalhos de escolta em comparação a 2018 em razão do maior número de autoridades de Estado que virão para a posse.

Segundo Luiz Carlos Reischak, diretor de Inteligência, a PRF monitora denúncias sobre possíveis bloqueios e convocações nas redes sociais. "É um dos nossos papéis identificar algum tipo de ameaça e risco ao Distrito Federal."

Ele informou que até o momento não foram encontradas irregularidades durante as abordagens. Dois ônibus foram parados —um do Rio Grande do Sul e outro de Santa Catarina.

O UOL apurou que os dois coletivos transportavam bolsonaristas que seguiriam para Brasília. Apesar de não ter encontrado problema, a PRF identificou os manifestantes a bordo preventivamente.

Internamente, a PRF aponta que há um risco baixo de interdições nas rodovias após a posse, conforme informações coletadas junto aos Estados. No entanto, a corporação avalia que nos últimos bloqueios a Região Sul se destacou, assim como Rondônia, Mato Grosso e Pará —por isso, indicam que pode haver maior propensão de protestos nessas áreas.

Os agentes lembram que a inteligência dos Estados não detectou com antecedência o tamanho dos bloqueios pós-eleições, por isso o risco não é descartado.

O ex-diretor da PRF Silvinei Vasques foi exonerado por Bolsonaro neste mês e, em seguida, a corporação concedeu a ele aposentadoria voluntária.

Vasques é réu por improbidade administrativa por pedir votos para Bolsonaro enquanto chefe da PRF e é investigado por supostamente não impedir bloqueios e barreiras nas rodovias. No segundo turno, agentes da PRF fizeram bloqueios no Nordeste —contrariando ordem estabelecida pelo TSE.