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Flávio tentou blindar Bolsonaro após atos golpistas, diz senador

Senador Rogério Carvalho (PT) afirma que Flávio tentou blindar o pai em reunião sobre os ataques a Brasília - Jefferson Rudy/Agência Senado
Senador Rogério Carvalho (PT) afirma que Flávio tentou blindar o pai em reunião sobre os ataques a Brasília Imagem: Jefferson Rudy/Agência Senado

Do UOL, em Brasília

09/01/2023 14h03Atualizada em 09/01/2023 15h55

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) afirmou hoje que o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) tentou blindar o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na reunião de líderes do Senado em que se discutia a responsabilidade dos ataques golpistas promovidos ontem em Brasília.

"Flávio Bolsonaro tentou proteger de todas as formas e esconder a participação da família, do pai. Mas todos sabem que Bolsonaro, durante muito tempo, instigou ataques ao STF (Supremo Tribunal Federal) e ao Congresso Nacional", disse Carvalho em coletiva de imprensa.

Segundo o petista, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), ex-ministro de Bolsonaro, repudiou a invasão e a depredação dos prédios do Congresso Nacional, do STF (Supremo Tribunal Federal) e do Palácio do Planalto por manifestantes bolsonaristas.

"Ciro Nogueira participou da reunião, declarou sua indignação e se colocou contra esse tipo de atitude", disse Carvalho. O colégio de líderes se reuniu hoje para discutir de que forma e quando será votado o decreto de intervenção federal anunciado pelo presidente Lula (PT) ontem.

Após os ataques, Bolsonaro usou o Twitter para se esquivar da responsabilidade dos atos de vandalismo e rebater as acusações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de que ele instigou o movimento golpista instaurado na capital federal.

Ontem, enquanto esteve em Araraquara, no interior de São Paulo, para acompanhar os estragos da chuva no município, Lula falou à imprensa sobre os protestos golpistas que ocorriam na capital federal.

O presidente chamou Bolsonaro de "genocida" e disse que ele estimulou a invasão dos terroristas mesmo por meio das redes sociais. O ex-presidente viajou aos Estados Unidos antes da posse presidencial, em 30 de dezembro e está hospedado em Orlando.

"Esse genocida [Jair Bolsonaro], não só provocou isso, estimulou isso, como ainda estimula nas redes sociais de Miami, para onde ele fugiu", disse.