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Rosa Weber diz que quer reconstruir sede do STF até 1º de fevereiro

Do UOL, em Brasília

09/01/2023 19h44

A presidente do Supremo Tribunal Federal afirmou durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e governadores do país que planeja restaurar o edifício-sede do tribunal até a sessão de abertura do ano Judiciário

Assim, isso permitiria ao STF retomar os trabalhos já com o prédio minimamente liberado.

Hoje, a Polícia Federal iniciou os trabalhos de perícia para contabilizar os danos à estrutura e aos equipamentos do Supremo. É estimado que os trabalhos sejam concluídos até amanhã (10) à tarde.

O UOL apurou que o plano inicial é restaurar o tribunal de forma que permita ao menos a realização de sessões —como reestruturar o plenário e substituir as vidraças danificadas. A reparação completa dos danos deve demandar mais tempo.

"O Supremo Tribunal Federal foi duramente atacado. O nosso prédio histórico, o seu interior, foi praticamente destruído, em especial o nosso plenário", relatou Rosa a Lula e aos governadores.

Essa simbologia a mim me entristeceu de uma maneira enorme, mas eu quero assegurar a todos que vamos reconstruí-lo e que no dia 1º de fevereiro daremos início ao ano judiciário"
Rosa Weber, presidente do STF

A presidente do STF agradeceu a presença dos governadores na reunião com Lula e demais chefes dos Poderes. Para Rosa, o objetivo do encontro é discutir o Brasil "que todos nós queremos". "Que é um Brasil de paz, um Brasil solidário e fraterno", disse.

Inicialmente, a ministra se encontraria com os governadores após a reunião com Lula e agendou um encontro com o grupo no plenário da Primeira Turma, no anexo dois do STF, que não foi atingido pelos ataques de terroristas.

Rosa, porém, decidiu encontrar os governadores no Palácio do Planalto na mesma reunião com Lula. Ela foi acompanhada dos ministros Roberto Barroso, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Ainda é esperado que os governadores façam uma visita ao Supremo após a reunião com Lula.

Sede do STF foi destruída por bolsonaristas. Em imagens divulgadas pelo STF, é possível ver o rastro de destruição. O plenário foi destruído: cadeiras dos ministros e os assentos foram retirados e depredados, além dos equipamentos eletrônicos, mesas e materiais de auxílio do local.

Sofás do Salão Branco, antessala da Corte, foram retirados do local e destruídos. Portas de armários onde ministros guardavam suas togas foram arrancadas.

Bustos de personalidades históricas, como o de Rui Barbosa (1849-1923), responsável pela criação do tribunal no modelo atual, e do abolicionista Joaquim Nabuco (1849-1910), foram vandalizados.

O segundo e terceiro andar do edifício-sede também foram atacados, incluindo os corredores e salas próximas ao gabinete da presidência. O comitê de imprensa também foi destruído, com monitores e televisões arremessadas ao chão e vandalizadas por bolsonaristas.