PF conduz perícia com drones no STF; granada encontrada era da segurança
A PF (Polícia Federal) conduz desde a manhã de hoje uma perícia no edifício-sede do STF (Supremo Tribunal Federal), em Brasília, para avaliar os estragos causados pelos atos terroristas de ontem. O prédio seguirá interditado até a conclusão dos trabalhos.
Segundo o Supremo, a PF já realizou a perícia da área externa, também com drones e de forma 3D. Nesta tarde, foram iniciados os trabalhos na área interna da sede da Corte.
Em nota, o tribunal informou que uma granada encontrada no edifício-sede se tratava de um equipamento não letal usado pela equipe de segurança da Corte.
"Todo o prédio foi verificado e está em condições de segurança para os servidores", disse a assessoria do tribunal.
Como mostrou o UOL ontem (8), os trabalhos da perícia devem verificar os prejuízos causados à estrutura do prédio e contabilizar danos à mobília e equipamentos do tribunal.
Os dois anexos do tribunal não foram atingidos, de acordo com o tribunal, e seguem funcionando normalmente.
Rosa se reúne com governadores à noite. A presidente do Supremo vai se encontrar, às 20h, no plenário da Primeira Turma, com o grupo de governadores convocados pelo Palácio do Planalto para uma reunião de emergência. Os outros ministros do tribunal também devem participar do encontro.
Mais cedo, Rosa se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Palácio do Planalto. O petista foi ao Supremo na noite de ontem para verificar os estragos causados por invasores e conversou rapidamente com a ministra.
Em nota, os chefes dos Três Poderes afirmaram que rejeitam os atos terroristas de vandalismo que depredaram as sedes do STF, do Planalto e do Congresso Nacional.
"Estamos unidos para que as providências institucionais sejam tomadas, nos termos das leis brasileiras", afirmou.
Em imagens divulgadas pelo STF, é possível ver o rastro de destruição causado por bolsonaristas durante a invasão. O plenário foi destruído: cadeiras dos ministros e os assentos foram retirados e depredados, além dos equipamentos eletrônicos, mesas e materiais de auxílio do local.
Sofás do Salão Branco, antessala da Corte, foram retirados do local e destruídos. Portas de armários onde ministros guardavam suas togas foram arrancadas.
O segundo e terceiro andar do edifício-sede também foram atacados, incluindo os corredores e salas próximas ao gabinete da presidência. O comitê de imprensa também foi destruído, com monitores e televisões arremessadas ao chão e vandalizadas por bolsonaristas.
Em nota divulgada ontem, Rosa afirmou que os atos de violência não intimidaram e que o STF atuará para punir os terroristas bolsonaristas responsáveis pela invasão à sede da Corte e a dos demais Poderes.
"O STF atuará para que os terroristas que participaram desses atos sejam devidamente julgados e exemplarmente punidos. O prédio histórico será reconstruído", afirmou Rosa.
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