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Falar em apoiador é vago, diz governador do Rio sobre bolsonaristas em atos

Cláudio Castro: apoiadores são incontroláveis - WALLACE SILVA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Cláudio Castro: apoiadores são incontroláveis Imagem: WALLACE SILVA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Brasília

10/01/2023 11h56

Cláudio Castro (PL) disse acreditar que não se pode estabelecer uma relação direta entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os atos golpistas que tomaram Brasília no domingo (8).

Apoiador de Bolsonaro, o governador participou de uma reunião com o presidente Lula (PT) nesta manhã no Planalto. Segundo ele, os atos terroristas não foram tema nem houve qualquer constrangimento entre os dois.

'Apoiadores' é uma questão muito vaga, né? O cara [Bolsonaro] teve 58 milhões de votos. Falar de apoiador é algo muito vago. Eu tenho 5 milhões de votos no Rio: falar que apoiador meu fez alguma coisa... É incontrolável"
Cláudio Castro, governador do Rio

"Se deputado não tem como [conhecer seus eleitores], imagina governador, imagina presidente. É uma eleição de muitos votos, você não conhece nem 0,0% de que quem te apoia", argumentou.

Castro não comentou, no entanto, as sucessivas declarações que o ex-presidente deu questionando as urnas, o sistema eleitoral brasileiro e sugerindo levantes.

No domingo, o UOL presenciou diversos golpistas e invasores com camisas, bandeiras e faixas com o nome ou rosto de Bolsonaro, embora houvesse um esforço dos presentes em dizer que tudo se tratava de um "movimento apartidário".

A pauta da reunião de hoje foi a relação entre União e o Rio de Janeiro. Segundo Castro, o convite foi feito na noite de ontem (9) pelo ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais, durante a reunião de Lula com os governadores para falar de segurança pública.

O governador contou que esta foi a segunda vez que os dois se encontraram e, sem dar mais detalhes, disse foram debatidos:

  • Investimento para finalização da rota 3 do gás no estado;
  • Privatização de aeroporto
  • Revisão das bases do regime de recuperação fiscal, com possível flexibilização

Foi o primeiro bate-papo para a gente se conhecer, falamos rapidamente dessas primeiras pautas. Ele [Lula] falou que quer ir ao Rio, como ele disse ontem que quer ir a todos os estados. Falei para ele que estaremos juntos"
Cláudio Castro, governador do Rio