Polícia Federal desmente morte de idosa em ginásio com golpistas presos
Fake News divulgada por bolsonaristas, incluindo a deputada federal Bia Kicis (PL-DF), afirma que uma idosa morreu depois de ser presa no acampamento golpista em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.
O boato foi desmentido na noite de ontem pela própria Polícia Federal. A mentira viralizou ontem, um dia após os atos de extremistas nas sedes dos Três Poderes.
Idosa da foto morreu ano passado. A mulher da foto se chama Deolinda Tempesta Ferracini. As fotos, que estão disponíveis em um banco de imagens, foram feitas em 2018, quando ela tinha 76 anos, pelo fotógrafo Edu Carvalho, marido de uma neta dela. Deolinda morreu ano passado.
Bia Kicis chegou a dizer que o caso havia sido confirmado pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) no DF. A deputada bolsonarista disse essa fake news no plenário da Câmara dos Deputados na noite de ontem.
"Acabo de receber uma notícia de que uma senhora veio a óbito hoje nas dependências da Polícia Federal. Não foi nas dependências da PM, não. Falo de uma senhora a quem foi negado comida e água e que, depois de horas, e horas, e horas a fio sendo destratada e descuidada, veio a falecer", discursou a deputada.
Depois do desmentido, ela admitiu o "equívoco".
À TV Globo, o interventor da segurança pública no DF, Paulo Cappelli, também negou a informação.
O desmonte do acampamento foi determinado pelo ministro do STF Alexandre de Moraes. Cerca de 1,2 mil pessoas foram levadas ao ginásio a fim de passarem pela triagem da PF.
Os detidos podem acessar seus celulares e recebem água e comida. O Corpo de Bombeiros também montou tendas de saúde para atender os radicais.
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