Ministério da Justiça nega que golpistas detidos estejam sendo maltratados
O Ministério da Justiça e Segurança Pública negou hoje que os apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) envolvidos em atos de terrorismo nos prédios das sedes de órgãos dos Três Poderes, em Brasília (DF), estejam sendo privadas de direitos básicos enquanto são mantidas sob custódia da PF (Polícia Federal).
Todos estão recebendo alimentação regular (café da manhã, almoço, lanche e jantar), hidratação e atendimento médico quando necessário."
Trecho da nota da PF
A manifestação ocorre depois de fake news sobre a morte de uma mulher detida por participação nas manifestações.
Mais cedo, a PF havia declarado que, na segunda-feira (9), foram conduzidas pela Polícia Militar do Distrito Federal mais de 1.500 pessoas envolvidas nos atos terroristas, após determinação do STF (Supremo Tribunal Federal).
Na Academia Nacional de Polícia, os detidos estão sendo submetidos aos procedimentos de polícia judiciária.
- Após os trâmites realizados pela Polícia Federal, os presos estão sendo apresentados à Polícia Civil do DF, responsável pelo encaminhamento dos detidos ao Instituto Médico Legal e, posteriormente, ao sistema prisional.
- Até o momento, 527 pessoas foram presas.
- Por questões humanitárias 599 detidos foram liberados, em geral idosos, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças.
Danos materiais
Hoje, a ministra da Cultura, Margareth Menezes, afirmou que o Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) dever emitir, até quinta-feira (12), parecer sobre os danos provocados pelos bolsonaristas.
- Segundo ela, a tela "As Mulatas", de Di Cavalcanti, não deve ser recuperada das facadas que levou dos bolsonaristas
- O quadro, segundo a ministra, é avaliado de R$ 10 milhões a R$ 20 milhões
- Ela diz que o relógio de Balthazar Martinet está muito danificado e que dificilmente será restaurado
- Segundo a equipe do MinC, as obras não devem ser restauradas
- O governo federal deve ainda criar um memorial sobre a invasão. "Há a necessidade de catalogar essas obras e fazer o tombamento dos móveis", disse Margareth
- Ela se mostrou favorável a que multas aplicadas aos invasores sejam revertidas para reconstrução de obras e dependências do Palácio do Planalto
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