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Primo do coronel Ustra participou de comitiva de Bolsonaro a Orlando

Coronel Marcelo Ustra é primo do torturador da ditadura militar Carlos Brilhante Ustra - Reprodução/Facebook
Coronel Marcelo Ustra é primo do torturador da ditadura militar Carlos Brilhante Ustra Imagem: Reprodução/Facebook

Do UOL, em São Paulo

16/01/2023 11h00Atualizada em 17/01/2023 10h20

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) levou o coronel Marcelo Ustra da Silva Soares, primo do torturador da ditadura militar Carlos Alberto Brilhante Ustra, em comitiva a Orlando, nos Estados Unidos, no final do ano passado.

A informação foi divulgada pelo site Brasil de Fato e confirmada pelo UOL com dados do Portal da Transparência do governo.

Marcelo Ustra é bisneto de Celanira Martins Ustra, avó de Brilhante Ustra, e acompanhou o ex-presidente como parte da equipe de segurança. No dia 28 de dezembro, recebeu R$ 5.570,67 em dinheiro público para bancar suas diárias no exterior. Ele retornou ao Brasil em 1º de janeiro deste ano.

Ele é assessor técnico militar do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República), desde julho de 2020.

Em novembro do ano passado, Marcelo Ustra compartilhou um vídeo do primo, com os dizeres: "Alguém pelo amor de Deus ressuscitem (sic) este homem urgente".

Marcelo Ustra compartilhou vídeo enaltecendo torturador Carlos Brilhante Ustra - Reprodução - Reprodução
Marcelo Ustra compartilhou vídeo enaltecendo torturador Carlos Brilhante Ustra
Imagem: Reprodução

Além de Marcelo Ustra, Bolsonaro levou mais 23 servidores na viagem aos Estados Unidos.

Quem era Brilhante Ustra

Coronel do Exército, era comandante do DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna) durante a ditadura militar.

Os DOIs são um símbolo da repressão militar após o AI-5 (Ato Institucional n° 5), e eram onde inimigos do regime eram presos ilegalmente e torturados.

A Justiça de São Paulo reconheceu Ustra como torturador em primeira e segunda instância.

Ao longo de sua carreira em cargos públicos, Bolsonaro nunca escondeu sua simpatia pela ditadura e por Ustra. Durante votação do impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, Bolsonaro dedicou seu voto à "memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavor de Dilma."

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