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OPINIÃO

Josias: Deixar militares saírem de fininho após atos seria erro imperdoável

Colaboração para o UOL, em São Paulo

18/01/2023 09h25

Militares de alta patente ouvidos pela colunista Carla Araújo avaliaram que não houve uma tentativa de golpe no dia 8, mas sim uma "manifestação que saiu do controle". Eles reconheceram as "falhas de inteligência" por não considerar que haveria violência durante os atos. Agora, o esforço deles é se descolar da imagem de Jair Bolsonaro (PL) e estreitar laços com o presidente Lula (PT).

No UOL News - Manhã desta quarta-feira, Josias de Souza criticou a visão dos militares sobre os atos golpistas do dia 8. O colunista cobrou uma investigação rigorosa sobre a responsabilidade deles nos ataques, por conta da postura omissa na repressão.

As Forças Armadas são cúmplices do Bolsonaro na formação dessa bagunça institucional que produziu o 8 de janeiro. Elas agora estão tentando mudar de assunto. Permitir que os militares saiam de fininho do maior ataque à democracia desde o fim da ditadura seria outro erro imperdoável. Josias de Souza, colunista do UOL

Desafio de Haddad é retirar ricos da planilha de privilégios, avalia Josias

Em participação no Fórum Econômico Mundial em Davos (Suíça), Fernando Haddad disse que o governo quer a reforma do Imposto de Renda no segundo semestre. Para Josias, trata-se de uma tarefa árdua para o ministro da Fazenda.

O grande desafio do Haddad não é colocar os pobres no orçamento, como prometeu Lula, mas sim retirar os ricos da planilha de privilégios concedidos pelo Estado. Ele quer tributar os dividendos e reduzir o Imposto de Renda para as faixas mais baixas da classe média. É muito difícil de fazer, embora seja muito fácil de falar. Josias de Souza, colunista do UOL

Josias: Gigantismo de investigações contra golpistas conspira contra relógio e favorece prescrição

As investigações para apurar os responsáveis pelos atos golpistas de 8 de janeiro tropeçam em seu próprio tamanho. Josias teme que a Justiça não dê conta de investigar tantas pessoas e um volume tão grande de material e alertou para o risco de impunidade dos envolvidos aos ataques às sedes dos três Poderes.

No Brasil, o crime é muito perto, mas a Justiça mora muito longe. No caso dos ataques de 8 de janeiro, o gigantismo das investigações conspira contra o relógio e favorece a prescrição. A pulverização desses processos seria um convite à frustração. Josias de Souza, colunista do UOL

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