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MPF apura se há relação entre ataques a torres de energia e atos golpistas

Torre da linha de transmissão Samuel - Ariquemes derrubada em Cujubim (RO) em 8/1 - Aneel/Divulgação
Torre da linha de transmissão Samuel - Ariquemes derrubada em Cujubim (RO) em 8/1 Imagem: Aneel/Divulgação

Vinícius Nunes

Colaboração para o UOL, em Brasília

18/01/2023 15h57Atualizada em 18/01/2023 18h02

A equipe será chefiada pelo promotor Carlos Frederico Santos, do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos. Segundo o Ministério Público Federal, a apuração tem o objetivo de auxiliar o STF na investigação sobre o ato golpista em Brasília, em 8 de janeiro.

Essa é a primeira vez que o MPF cita a possível correlação de ataques a torres de transmissão de energia elétrica à invasãobolsonarista que depredou as sedes dos Três Poderes.

Sete ataques foram registrados nos estados de São Paulo, Paraná e Rondônia, de 8 a 16 de janeiro. Quatro torres foram derrubadas e outras oito ficaram danificadas.

Na noite de terça-feira (17), Carlos Frederico Santos enviou ofício ao diretor-geral da Aneel, Sandoval Neto, no qual solicita informações e eventuais elementos de prova sobre os ataques. A Agência Nacional de Energia Elétrica já citou indícios de "vandalismo" e "sabotagem".

O coordenador também enviou ofício aos procuradores-gerais de Justiça nos estados e no Distrito Federal e aos procuradores-chefes de todas as unidades do MPF. Solicita informações, manifestações e eventuais elementos de prova relacionados aos fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília.

O MPF do Paraná já abriu inquérito policial para apurar a derrubada de uma torre de transmissão no estado. Já em Rondônia, o MPF pediu informações das ocorrências nos municípios de Rolim de Moura, Itapuã do Oeste e Vilhena.