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Moraes já manteve prisão de mais da metade dos golpistas de 8 de janeiro

08.jan.23 - Golpistas chegam à Polícia Federal após manifestação - Vinicius Nunes/UOL
08.jan.23 - Golpistas chegam à Polícia Federal após manifestação Imagem: Vinicius Nunes/UOL

Vinícius Nunes

Colaboração para o UOL, em Brasília

19/01/2023 20h17

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes já analisou a situação de 1.075 detidos depois das audiências de custódia. Do total, 740 manifestantes bolsonaristas continuam presos em Brasília. Outros 355 estão em liberdade provisória sob medidas cautelares.

Só hoje (19), Moraes fez o balanço de 501 presos envolvidos nos atos golpistas que vandalizaram as sedes do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal em 8 de janeiro.

O gabinete de Moraes, que ainda precisa analisar a situação de 384 golpistas presos, deve terminar os trabalhos já na sexta-feira (20).

Os 740 presos estão em regime de prisão preventiva nos presídios da Papuda e Colmeia, no Distrito Federal. Os outros 355 poderão responder ao processo com a instalação de tornozeleira eletrônica.

Dentre os crimes evidenciados, o ministro apontou indícios de:

  • Atos terroristas
  • Associação criminosa
  • Abolição violenta do estado democrático de direito
  • Golpe de Estado
  • Perseguição
  • Incitação ao crime

Segundo o gabinete de Moraes, o ministro "considerou que as condutas foram ilícitas e gravíssimas, com intuito de, por meio de violência e grave ameaça, coagir e impedir o exercício dos poderes constitucionais constituídos". Para Moraes, houve "flagrante afronta à manutenção do estado democrático de direito, em evidente descompasso com a garantia da liberdade de expressão".

As 1.459 audiências de custódia foram feitas em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) e oTribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT).

O ministro do STF também determinou que a Procuradoria-Geral da República, a Defensoria Pública e a OAB sejam intimadas para conhecimento das decisões.