Preso pela PF liderou acampamento golpista em frente a quartel em MG

Marcelo Eberle Motta, conhecido como Marcelo Mito, era o principal organizador do acampamento golpista montado em frente à Companhia de Comando da 4ª Brigada de Infantaria Leve, em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira.

A PF cumpre hoje 11 mandados de prisão da Operação Lesa Pátria, que investiga os envolvidos na invasão às sedes dos três Poderes em 8 de janeiro.

• Motta fazia no acampamento frequentes pregações para que as Forças Armadas dessem um golpe e mantivessem Bolsonaro no poder;
• Também defendia que os militares prendessem o presidente Lula;

"Intervenção com Bolsonaro no poder", disse Marcelo Motta em vídeo de 8 de dezembro na porta do quartel de Juiz de Fora.

Além de liderar o acampamento, Motta articulou a ida de um ônibus com extremistas para participar da mobilização de 8 de janeiro.

Nas redes sociais, há um vídeo do suspeito se manifestando com outras pessoas em uma parada a caminho de Brasília. O UOL não teve acesso à ordem de prisão que fundamentou a prisão de Motta.

Funcionário de hospital também é preso

Outro homem foi preso pela PF em Minas Gerais. O advogado Eduardo Antunes Barcelos, conhecido como Dudu Barcelos, foi encontrado pelos agentes da PF em Cataguases, também na Zona da Mata mineira.

Ele atua como assessor jurídico da Santa Casa de Cataguases. Após sua participação viralizar em grupos de WhatsApp da cidade, moradores organizaram um abaixo-assinado pedindo sua demissão.

Ele esteve presente nos atos golpistas de 8 de janeiro. Ao menos dois vídeos postados por ele mostram sua participação.

"Aí, galera. Invadimos, invadimos! Olha o povo subindo a rampa. Gás lacrimogêneo, bomba. E o povo reintegrando posse. Abaixo o comunismo", disse ele enquanto integrava a turba que rompeu uma barreira policial e invadiu a área do Congresso.

Em outro vídeo, Barcelos acompanha a invasão do Palácio do Planalto. "Aí, galera de Cataguases, agora é a casa do Lula. O Palácio do Planalto."

O UOL não localizou os representantes legais dos suspeitos. O espaço segue aberto.