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OPINIÃO

Jamil: Ao falar em 'aculturar' yanomamis, governador de RR sugere genocídio

Colaboração para o UOL, em São Paulo

30/01/2023 09h38

O colunista do UOL Jamil Chade condenou durante o UOL News as declarações de Antonio Denarium (PP), governador de Roraima, que negou haver desnutrição no estado e defendeu a aculturação dos yanomamis, citando indígenas dos Estados Unidos como exemplo. Para o colunista, Denarium demonstra estar ao lado dos garimpeiros ao sugerir o extermínio da comunidade local.

O que o governador disse é referido, nos Estados Unidos, como genocídio indígena. Se o governador quer usar esse exemplo, terá que colocar outro debate sobre esse mesmo aspecto citado por ele. Nos Estados Unidos, acadêmicos e indígenas debatem se isso deveria ser considerado como genocídio. Aí ele carimba todas as acusações que são feitas ao bolsonarismo e seus cúmplices. Jamil Chade, colunista do UOL

O assédio aos yanomamis se intensificou com o avanço do garimpo ilegal em Roraima. Garimpeiros da região oferecem itens como roupas, perfumes, bebidas alcoólicas, armas e ouro para aliciar as comunidades indígenas locais e abusar sexualmente de crianças e mulheres.

Josias: Bolsonaro confunde amnésia com consciência limpa em flagelo yanomami

Ao se defender das acusações de omissão na crise humanitária dos yanomamis, Jair Bolsonaro (PL) afirmou que foi o "presidente que mais zelou" pelos indígenas. Josias criticou o ex-presidente e o culpou pela piora na situação ao favorecer a ação de garimpeiros na região.

O Bolsonaro confunde amnésia com consciência limpa. Ele é um dos principais responsáveis pelo agravamento desse flagelo da presença de garimpeiros na área yanomami. Desde sempre, Bolsonaro nutre uma simpatia inquestionável pelos garimpeiros. Josias de Souza, colunista do UOL

Covid-19 continua sendo pandemia e emergência não acabou, conclui OMS

Jamil ainda trouxe a conclusão da OMS (Organização Mundial da Saúde) sobre a covid-19. A entidade considera que eliminar o vírus tornou-se algo "altamente improvável" e reforçou que a pandemia continua como uma emergência global.

A pandemia não terminou e a emergência global também não. Os dados ainda são bastante impressionantes: 170 mil mortos em apenas dois meses. Segundo a OMS, não há como falar no fim da pandemia, mas ela diz que, em 2023, há a possibilidade de caminhemos para uma transição na qual estaremos mais protegidos e algo diferente possa ser declarado. Jamil Chade, colunista do UOL

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