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Foragido, Oswaldo Eustáquio diz que grupo paga 180 advogados a golpistas

Oswaldo Eustáquio gravou vídeo oferecendo ajuda a golpistas que destruíram a Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro - Reprodução/Instagram
Oswaldo Eustáquio gravou vídeo oferecendo ajuda a golpistas que destruíram a Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro Imagem: Reprodução/Instagram

Do UOL, em São Paulo

30/01/2023 09h25Atualizada em 30/01/2023 18h35

Oswaldo Eustáquio afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais que circula também em grupos bolsonaristas, que profissionais estariam aplicando golpes nos detidos pela destruição da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro.

Tem advogados que se dizem patriotas que estão extorquindo as famílias do nosso povo. Eu não vou deixar isso acontecer. Esses advogados que estão fazendo isso estão fazendo um mal para a sociedade, um mal para o nosso povo. Não caiam nesse golpe. Nós temos um grupo de mais de 180 advogados. Nós estamos pagando eles.

Na gravação, o blogueiro aparece ao lado de Rodrigo Gasparin, outro apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, que diz ser um dos organizadores do trabalho de defesa jurídica.Os dois não dizem de onde vem o dinheiro para o pagamento dos advogados.

Em entrevista publicada pelo site The Brazilian Report, publicada este mês, Eustáquio disse que os golpistas planejavam invadir a Esplanada dos Ministérios no dia 5 de dezembro.

Segundo ele, isso só não aconteceu porque os movimentos se desorganizaram.

Eu entendi que se a gente fosse para lá e a gente enchesse a Esplanada, o Bolsonaro ia decretar intervenção militar. Mas as pessoas não quiseram ir. Eles acreditaram nos militares. Os generais que traíram o povo."

O blogueiro está foragido desde dezembro, após mandado de prisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Ao UOL, no entanto, Oswaldo Eustáquio alega que não está foragido e que soube do mandado através da imprensa.

Em nenhum momento houve a tentativa de um cumprimento de mandado de prisão contra mim. Na minha casa não teve. Não teve tentativa de busca e apreensão em nenhum dos meus endereços. Nem em Curitiba, onde eu fico também. Em nenhum momento houve o comunicado [do mandado da prisão]. O meu telefone é público... Então, o termo foragido é um termo equivocado. Eu não sou um foragido. Eu soube pela imprensa que teve um mandado de prisão.
Oswaldo Eustáquio