Constituição queimada, vaso destruído: STF expõe danos de atos golpistas
O STF (Supremo Tribunal Federal) organizou no térreo do edifício-sede uma exposição com objetos do acervo que foram destruídos durante os atos golpistas de 8 de janeiro.
Entre os objetos estão uma cópia queimada da Constituição Federal, encontrada no gabinete da presidência após a invasão.
Ao lado, estão os fragmentos de um bengaleiro em porcelana que ficava exposto no Salão Nobre, no segundo andar do edifício. O vaso era datado do século 19 e ornava a sede original do Supremo, no Rio de Janeiro.
Uma das obras da exposição é o quadro "Os Bandeirantes de Ontem e de Hoje", de Masanori Uragami. O quadro foi restaurado em um trabalho particularmente complexo, uma vez que foi atingido por jato de água de alta pressão.
- Uma cadeira de trabalho que foi queimada;
- Letras em metal do Hall dos Bustos, que foram arrancadas da parede;
- Fotos das galerias dos presidentes do Supremo.
Os ambientes de reflexão ilustram a perda injustificada do inestimável legado público e institucional. Com a apresentação de símbolos da destruição, o projeto reafirma, de maneira definitiva, que a história da Suprema Corte é inquebrantável."
Texto da exposição
Após a sessão de abertura da Judiciário, a presidente da Corte, Rosa Weber, falou a jornalistas que o Supremo "sai fortalecido" com a reabertura do plenário. "A barbárie ocorre, mas não vence a Justiça."
Um balanço obtido pelo UOL aponta que ao menos 163 objetos do acervo do tribunal foram afetados durante os ataques golpistas. A maior parte do acervo - cerca de 110 objetos - foram ou já estão sendo restaurados.
Apenas 35 objetos sofreram "perda total", quando mais de 50% do objeto foi danificado. É o caso, por exemplo, do bangaleiro em porcelana exposto pelo STF.
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