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Embaixador da UE critica postura de Lula com Venezuela, Cuba e Nicarágua

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT)  - CLÁUDIO REIS/ESTADÃO CONTEÚDO
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) Imagem: CLÁUDIO REIS/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em Brasília

05/02/2023 14h02Atualizada em 05/02/2023 16h20

O embaixador da União Europeia no Brasil, Ignacio Ybáñez, criticou hoje (5) a postura do presidente Lula (PT) em relação aos regimes da Venezuela, Cuba e Nicarágua.

Nas redes sociais, Ybáñez compartilhou o artigo intitulado "Fóssil", de Demétrio Magnolli, publicado no jornal Folha de S.Paulo.

O embaixador destacou o verso "O tempo passou na janela e só Carolina não viu", de uma canção do Chico Buarque, citado também na crítica de Magnolli.

Segundo o colunista, Lula não aproveitou a "oportunidade de levantar a voz por eleições livres na Venezuela, uma abertura política em Cuba e o fim da selvagem repressão do regime de Ortega na Nicarágua".

"Pior: o presidente executou suas acrobacias habituais destinadas a legitimar as tiranias", escreveu o colunista Magnolli.

Em novembro, Ybáñez declarou que a vitória de Lula sobre Jair Bolsonaro "abre o caminho" para que seja fechado o acordo comercial entre a UE e o Mercosul.

Três semanas após tomar posse, o presidente da República retomou sua política externa com países da América Latina. Ele visitou a Argentina e o Uruguai em janeiro.

Logo no início de seu terceiro mandato, Lula anunciou o retorno do país à Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos).

O Itamaraty criou, inclusive, um departamento temporário para reinserir o Brasil na Celac. O país havia abandonado o grupo em 2019 por ordem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que se negou a participar de um grupo que Cuba e Venezuela também integravam.