Bolsonaro critica governo na crise yanomami: 'Não há interesse em ajudar'
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou ontem a gestão do presidente Lula (PT) na condução da crise yanomami e e. Durante evento em uma igreja evangélica na Flórida, nos Estados Unidos, ele disse que "não há interesse em ajudar" os indígenas por parte do governo. Em nenhum momento de sua fala ele expressou solidariedade aos indígenas.
Essa questão yanomami agora. A intenção não é atender a esses. Porque ali tá misturado, 40% da terra yanomami tá no Brasil e 60% tá na Venezuela. É uma região ourífera, com riquezas incomensuráveis. Se não tivesse riqueza lá, não seria demarcado como terra indígena. Os interesses são muitos. Não há interesse em ajudar a população.
Jair Bolsonaro
O garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami cresceu 54% no último ano do governo Bolsonaro. Reportagem exclusiva do UOL também mostra que o governo Bolsonaro soube da fome enfrentada pelos yanomami e, mesmo assim, cortou a doação de comida a eles.
Nas declarações de ontem, Bolsonaro também criticou a demarcação de novas terras indígenas.
Isso é pelo meio ambiente? Não é. Por que esse ataque? É econômico. Estão preocupados com nosso bem-estar dos nossos irmãos indígenas? Não. A preocupação é com as girafas da Amazônia.
Na última sexta-feira (10), a PF (Polícia Federal) iniciou uma operação que visa interromper a logística do garimpo ilegal em Terras Yanomami.
A força-tarefa tem como foco a inutilização da infraestrutura utilizada para a prática desse tipo de crime e a coleta de provas sobre a atividade criminosa
Ex-presidente anunciou retorno ao Brasil
No mesmo evento, Bolsonaro afirmou que planeja voltar ao Brasil "nas próximas semanas". Ele não disse qual seria a data específica para o retorno.
Bolsonaro viajou aos EUA no penúltimo dia de mandato. Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) com o então presidente a bordo decolou às 14h02 do dia 30 de dezembro. Ao deixar o país, Bolsonaro conseguiu um visto diplomático.
No final do mês passado e já fora do mandato, entretanto, ele precisou de um novo. Mas, dessa vez, um visto de visitante. Nessa nova modalidade de autorização, o ex-presidente pode ficar nos EUA por um período de até seis meses.
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