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Alerj repete com Emicida veto que deu a homenagem para Ludmilla

Do UOL, em São Paulo

15/02/2023 21h32Atualizada em 16/02/2023 04h51

A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) negou hoje a Medalha Tiradentes ao rapper Emicida. A homenagem havia sido proposta pela deputada estadual e líder do PSOL na Casa, Renata Souza.

O veto ocorre um dia após a Assembleia ter negado o Prêmio Cidadania, Direito e Respeito à Diversidade para a cantora Ludmilla.

Alguns parlamentares argumentaram que a homenagem a Emicida estava correndo no fórum errado, enquanto outros, como o deputado Thiago Gagliasso (PL), disseram que o artista tem "frases que afrontam meus eleitores".

Renata lamentou o veto da Alerj e afirmou que "Emicida é uma dessas figuras que sobreviveu" ao racismo e à violência.

"80% daqueles que morrem de bala seja perdida, seja achada... Para mim não existe bala perdida, porque ela sempre acha o corpo preto, o corpo pobre, dentro de uma favela, dentro de uma periferia", falou.

Quero lamentar que de novo, dois dias seguidos, a gente deixou de reconhecer artistas que são fundamentais na luta antirracista, contra o machismo, contra LGBTfobia e na luta pela democracia".
Deputada Renata Souza

Depois, no Twitter, a parlamentar disse que Emicida é "muito maior" do que os deputados que foram contra a medalha: "O que essa trupe reaça quer é invisibilizar a cultura preta e favelada".

A Medalha Tiradentes é destinada para pessoas ou entidades que prestaram um serviço notável ao estado do Rio de Janeiro. Na semana passada, a primeira-dama, Janja, recebeu a honraria.